sábado, outubro 25, 2008

Outro desafio...

Esta semana, ainda eu todo satisfeito da vida com o sucesso em parar de fumar, fiquei saber que tenho outro desafio a vencer: Colesterol. Estou acima dos 250... Este é capaz de ser mais difícil de vencer porque, o tabaco era evidente que só podia fazer mal... aquele fumo todo a entrar-nos pela boca a dentro... Agora a comidinha boa, saborosa e condimentada... como é que isso pode fazer mal? Bem, logo à noite já vou trocar com a Mila; eu fico com o arroz de tamboril e ela leva o meu assado de porco preto... Bolas... :-(

terça-feira, outubro 21, 2008

"Por Templos e Minas do Gerês"

A expedição ao Gerês este ano chamada de 'Por Templos e Minas do Gerês', teve a novidade de ser alargada à participação de amigos que tinham mostrado vontade em nos acompanhar. Tudo começou com um comentário do Bruno no post sobre a expedição ao Gerês o ano passado, aqui neste Blog. Assim, por volta de meados de Agosto, começou-se a mobilizar o pessoal e a planear as coisas. Logo que ficou definido que íamos todos os do grupo habitual (Cláudio, eu, Luís e PH) e depois de definirmos o fim de semana de ida, começou-se a enviar os convites tanto a quem nos queria acompanhar desde Lisboa (Bruno, Costa, Ricardo e Sérgio) como aos nossos companheiros do Norte que também já se habituaram a estas expedições (Team Sagitários e Silvana + Drager e ainda uma convidada nova, a Xinderella). Depois das participações definidas, foi esperar que as semanas passassem enquanto as mensagens na mailing list se sucediam, desde sobre o que levar até ao tempo e ao alojamento - chegou-se a pensar em pernoitar na montanha mas uma recusa das autoridades fez-nos mudar de ideias. Chegado finalmente o dia, juntámo-nos perto da casa do 'PH' e lá nos acomodámos em dois carros para rumar ao Norte. Era cerca das 02h00 quando se iniciou a viagem. Pelas 04h00, parámos na AS do Coronado para abastecer, procurar uma cache, 'one for the road' ali existente e encher os pneus de uma viatura. Pelas 06h00 chegámos à casa, onde iríamos pernoitar, para deixar algumas coisas (roupas, comida para o segundo dia) e, depois dese nos juntarem o Sagitários e a Xinderella rumámos, em alta velocidade, tal era a excitação, até à Portela do Homem para deixarmos os carros e iniciarmos a caminhada. Aqui começou a desenhar-se uma complicação que teria o seu epílogo horas mais tarde e alguns kms mais a Norte; apareceram uns guardas a dizer que não se podia subir o Trilho dos Carris... Como, quando nos deram a notícia, me pareceu haver pouca firmeza - estariam a brincar conosco? - não levei muito a sério e disse para começarmos a andar depressa e lá fomos. E foram estes os relatos em cada uma das caches incluídas nessa grande caminhada; XXL
Foi uma excelente caminhada que começou pelas 01h00 junto à casa do "PH", ali para os lados dos Olivais, Lisboa. Depois, de deixarmos as cuecas (aka, malas/mochilas com roupa e coisas que não necessitávamos levar no primeiro dia) na Casa da Barca, pelas 06h00, fomos até à Portela do Homem deixar os carros e começámos a caminhada, propriamente dita, pelas 07h20. Finalmente, a tão esperada expedição "Por Templos e Minas do Gerês" tinha o seu início aguardado hà meses! 11 geocachers a amassar as botas (algumas novas) pelas pedras rolantes acima. O caminho... bem... já se sabe como é o caminho; um dos mais exigentes troços que se pode percorrer atrás das caixinhas em Portugal. Cerca de 9 kms sempre a subir, em que os primeiros 5 são essencialmente a pisar pedras rolantes. Na subida, feita em muito bom ritmo - fiquei surpreendido com quem ia à frente! - a certa altura dei com a cascata do outro lado do Rio Homem quase seca e, devido à surpresa e à desilusão, tropecei numa pedra rolante e arranhei um dedo. O que vale é que tinhamos duas simpáticas e carinhosas enfermeiras na expedição. Desta vez vimos garranos quase a chegar às Minas e quando lá estávamos a chegar, fomos saudados pela red movil espanhola. Tomámos um reforço de pequeno almoço, onde começou a partilha de petiscos entre a malta - os rissóis, aí os rissóis! - e descansámos enquanto se logava e o PH e o Cláudio foram analisar melhor os detalhes das minas vindo de lá satisfeitos com o que viram. Eu, é que me portei mal desta vez; em vez de fazer trash out, fiz trash in porque perdi o boné algures (vermelho, com os dizeres 'GeoAcampamento Gerês Agosto 2008' - se alguém o vir, pode ficar com ele) Umas palavras finais para referir que, quando eu o Lynx e o Sagitário voltávamos do parque de estacionamento da Portela do Homem, onde fomos deixar os carros, fomos informados pelos outros colegas de que tinham passado ali uns Guardas a dizer que não podíamos subir o trilho dos Carris, acima da fonte de pedra, por ser área de Reserva Integral. Como vi algumas caras sorridentes, pensei que estavam a mangar conosco - então, andamos vários meses a planear esta expedição, fizémos directa a conduzir desde Lisboa e não podemos subir?!. Exclamei; "Vamos mas é embora!" Alguém disse; "Isso é o que eu queria ouvir!" Horas mais tarde levámos uma das maiores rabecadas de que me lembro desde que sou adulto e íamos sendo multados em valores estrondosos... Segundo o Vigilante, desde 1 de Agosto de 2008 saíu uma nova Lei que proíbe completamente a circulação no trilho dos Carris, nas Minas dos Carris e na Nevosa...
Tou às aranhas
Eu bem me parecia que havia de cá voltar... Foi uma excelente caminhada que começou pelas 01h00 junto à casa do "PH", ali para os lados dos Olivais, Lisboa. Depois, de deixarmos as cuecas (aka, malas/mochilas com roupa e coisas que não necessitávamos levar no primeiro dia) na Casa da Barca, pelas 06h00, fomos até à Portela do Homem deixar os carros e começámos a caminhada, propriamente dita, pelas 07h20. Finalmente, a tão esperada expedição "Por Templos e Minas do Gerês" foi realizada. 11 geocachers a amassar as botas (algumas novas) pelas pedras rolantes acima. A caminhada decorreu em ritmo calmo e agradável com o desfrute da natureza e paragens para descansar, beber água, fotografar... Desta vez não vimos cabrões mas vimos garranos quase a chegar às Minas e mais tarde quando estávamos a chegar perto da fronteira e depois, ainda, vimo-los quando estávamos na 'esplanada' a almoçar e a levar nas orelhas. O almoço foi mesmo no alto da Nevosa, a 'esplanada' com vista para as Minas e Pitões das Júnias e, como primeira sobremesa, tivémos a habitual leitura de textos de Miguel Torga pela voz do PH. Como segunda sobremesa é que já não foi tão bom... Quando eu o Lynx e o Sagitário voltávamos do parque de estacionamento da Portela do Homem, onde fomos deixar os carros, fomos informados pelos outros colegas de que tinham passado ali uns Guardas a dizer que não podíamos subir o trilho dos Carris, acima da fonte de pedra, por ser área de Reserva Integral. Como vi algumas caras sorridentes, pensei que estavam a mangar conosco - então, andámos vários meses a planear esta expedição, fizémos directa a conduzir desde Lisboa e não podemos subir?!. Exclamei; "Vamos mas é embora!" Alguém disse; "Isso é o que eu queria ouvir!" Horas mais tarde, quando acabávamos o almoço, levámos uma das maiores rabecadas de que me lembro desde que sou adulto e íamos sendo multados em valores estrondosos... Segundo o Vigilante que nos abordou, desde 1 de Agosto de 2008 saíu uma nova Lei que proíbe completamente a circulação no trilho dos Carris, nas Minas dos Carris e na Nevosa... Na zona do Trilho do Borrageiro, Encosta da Sabrosa, Rocalva, Roca Negra e diversos prados - nosso objectivo do dia seguinte - só com autorização prévia o que nos levou a mudar os planos para Domingo, mas isso fica para outros logs.
Minas das Sombras
Esta é daquelas caches que, quando aparece, cativa-nos logo. Se bem que hoje em dia é difícil aperceber-me das caches que me interessam no meio tantas mas hà sempre alguma alma caridosa que me chama a atenção; "Manel, já viste esta?". Assim aconteceu. Então, logo ficou 'marcada' para a nossa expedição deste ano ao Gerês. Fomos desenvolvendo os planos, definindo, ajustando, etc... conforme os contactos que fizémos no-lo permitiram. De início, os planos era irmos da Portela do Homem, até esta cache, ir à Nevosa, "XXL" e depois fazer a ligação com o Trilho do Borrageiro sem descer o Rio Homem. Dormíamos na montanha, em tenda ultra leves. Lerdinhos... Tivémos que mudar os planos radicalmente. Arranjar alojamento, dividir a caminhada pelos dois dias, com pizza na lenha e bife 'à Barrosã' pelo meio, sem esquecer o retemperador duche antes do jantar. Mas isto são divagações para outros escritos... No concreto e na caminhada de Sábado que incluíu esta cache, começámos na Portela do Homem, sim, mas subimos o trilho do Rio Homem porque o Sagitário se lembrou e muito bem, que aquele trilho se faz melhor quando se está fresco e não quando já se tem os pernis amassados. Então, esta cache ficou para o fim do programa de Sábado, já no regresso à Portela, descendo por terras de nuestros hermanos, depois de nos terem aquecido as orelhas. Então, depois do almoço na Nevosa, como gosto de andar, arranjo sempre 'desculpas' para dar mais uma voltinhas e desta vez foi o perder do boné algures nas Minas dos Carris. Assim, enquanto a expedição seguia pelo Altar dos Cabrões mais ou menos em linha recta entre a Nevosa e esta caches, eu fui em 'passo de escuteiro' (40 passos a correr e 40 passos a andar) até aos Carris para não encontrar o meu boné vermelho com os dizeres do acampamento de geocachers deste Verão... Depois, trata de acelerar mais ainda o passo (40 passos a correr e 40 passos a correr) já na fase descendente do Altar em direção à expedição que ia uns kms à minha frente. Bem... eu só via era topos de rochas no meio da vegetação e eu a saltitar que nem um cabrito por cima deles, a falar pelo PMR com o PH e a pensar que se caisse partia-me todo tal a velocidade (e inconsciência) em que ia... Mas lá cheguei ao pé deles tão cansado que quando fui beber num curso de água onde pararam para se refrescar, escorreguei e dei tamanha marrada na pedra que nem sei como não parti os óculos... Depois, lá fomos encosta abaixo, descansadamente a admirar o belo vale que se estendia à nossa frente e a tentar adivinhar onde era o complexo das minas. "Quê? 400 metros é já ali?!" Exclamava para o PH ao vermos o casario pela primeira vez. Quando lá chegámos, estavam a Silvana e o Grager à nossa espera. Cumprimentos e beijinhos e lá se procurou a cache. As minas resultam bastante interessantes e houve quem as explorasse melhor que eu e viesse de lá bastante interessado em voltar para se perder por aqueles carris que submergem debaixo de água. Adivinhem quem é... Mas para mim, só dá o que puder alcançar com os pés calçados de botas e, válá, as mãos livres ou com umas luvas para me agarrar melhor à rocha. Escafandros, fatos de mergulho ou equipamento de escalada já não é para mim. Opções. Logada a cache e tiradas as fotos que cada um quis, foi tempo de iniciar a longa caminhada de regresso à Portela. Bem, esta cache devia ter um serviço de aluguer de bike. Isso é que era! Descer aqueles estradão nas bikes devia ser muito curtido. Assim, eu e o Cláudio ainda 'tirámos as medidas' ao mato que teríamos que atravessar para evitar aquele longo desvio que a estrada faz para Oeste para depois regressar a Sudoeste... Só ali poupavam-se alguns 5 ou 6 kms... "Se estivéssemos sózinhos...." Dizíamos um para o outro... A caminhada foi agradável mas um tudo-nada longa para quem queria chegar com luz do dia à Portela. Esta caminhada no final da Primavera deves ser menos stressante poque nessa altura não se está pressionado pelas poucas horas de luz que nos restas. De resto, foi um belo exercício de descompressão das pernas para quem tinha subido o trilho dos Carris, à Nevosa, ao Altar do Cabrões, a andar ou a saltitar... Chegados à estrada asfaltada, lá fomos nós os motoristas (eu o Lynx e o Sagitário) percorrer o 1,7 kms que nos separava da Portela onde já chegámos de noite para trazer os carros. Depois, discussão sobre o duche ou não antes do jantar. Cada um fez o que desejou e no fim acabámos o dia de voltar das pizas na lenha e dos bifes `'à barrosã' que o dia teinha sido puxadote. Tão puxadote que ouvi a Silvana e a Graça rirem-se de mim porque eu já fechava os olhos na mesa no final do jantar. Áh pois é! É que depois daquela dose ainda tinha que me entreter com um vinho verde que era um estalo... E um geocacher não é de ferro...
No segundo dia o prato principal era a Fenda da Calcedónia - chegámos a pensar em ir lá de noite no primeiro dia mas o desejo de uma duche e a 'promessa' de um jantar cheio de coisas boas para recuperar as calorias para acabar o dia de barriguinha cheia foi mais apelativo... No segundo dia, depois de nos despedirmos dos Sagitários que ficaram 'no estaleiro' - pois, pois... ;-) - seguimos para uma voltinha por algumas caches drive-in, com passagem quase obrigatória pela Pedra Bela, São Bento da Porta Aberta e depois o Marco Miliário de Campo de Gerês, subimos à encosta Oeste da Serra do Gerês não para ir primeiro ao Miradouro da Boneca, que esteve planeado para antes de almoço, mas para directamente a uma das mais espantosas caches em Portugal; Fenda da Calcedónia
Prontos... adivinharam... voltei cá. Desta vez, inserido na Expedição Por Templos e Minas do Gerês, este ano ampliada a novos membros que tiveram pela primeira vez o gosto de experimentar algo diferente. Algo de excepcionalmento bom; Geocaching no Gerês. Como cada vez tem a sua história, desta vez os pontos altos foram a subida da Fenda, o almoço no topo da Calcedónia, o Porto de Honra e a logação na 'Calzedónia'. Muita animação e boa disposição marcaram esta caçada que foi, mais uma vez, um grande prazer. Bem... até à próxima!
Após o saborear do almoço no topo do maciço granítico da Fenda da Calcedónia, onde estivemos relaxantemente, sem pressas nem fobias de ir procurar mais caches mas, sim, a desfrutar a paisagem, a companhia e o momento, lá nos despedimos do local e iniciámos o regresso. As caches circundantes ficaram para outra altura que certamente chegará visto que, tenho a certeza, incutimos este 'terrível vício' nos nossos novos quatro companheiros das ...Expedições ao Gerês. Durante o caminho na AE ainda alguns de nós andaram metidos em buracos e túneis e elevadores para 'fazer' uma 'one for the road' mas isso foi só para desentorpecer as pernas e o espírito das centenas de kms que se percorreram e ainda se iriam percorrer. Até à próxima, Gerês. Na próxima vez teremos que consultar as autoridades e obter as devidas autorizações mas isso é apenas um pequeno incómodo burocrático que não tem comparação perante o enorme prazer que é o de percorrer aqueles trilhos e subir aquelas encostas. E ir ver os 'Templos' que acabámos por não ver este ano.

Um ano livre de um vício de vinte e sete

Sim! Fui capaz! :-))

sexta-feira, setembro 19, 2008

Em busca da Certificação

Inscrevi-me num CNO para tentar obter o meu RVCC, de nível Secundário, que é constituído por três grandes áreas: Cidadania e Profissionalidade, Sociedade Tecnologia e Ciência e Cultura Língua e Comunicação.
1. O que é o Sistema Nacional de RVCC? O Sistema Nacional de RVCC é composto pela Rede Nacional dos 219 Centros Novas Oportunidades existentes, onde se desenvolvem os processos de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas pelas pessoas adultas, em vários contextos de vida. O Sistema Nacional de RVCC desenvolve actualmente apenas processos RVCC de nível básico, passando a desenvolver também de nível secundário através da aplicação do Referencial de Competências-Chave para a educação e formação de adultos de nível secundário e do respectivo Guia de Operacionalização. 1.1. Em que princípios se baseiam os Centros Novas Oportunidades? O Sistema Nacional de RVCC veio dar resposta à necessidade de qualificação de adultos que, não tendo oportunidade de concretizar e completar ciclos de escolaridade de nível básico, mas que detendo uma experiência de vida alargada em diferentes domínios de actuação, poderiam ver reconhecidas e certificadas as suas competências-chave, através de processos RVCC, em contextos adequados e a partir do trabalho conjunto com técnicos especializados. Os princípios que orientam as acções dos Centros Novas Oportunidades caracterizam-se por privilegiar a aprendizagem ao longo da vida, e os contextos informais e não-formais de aquisição e desenvolvimento de competências e saberes, a par com os contextos formais de aprendizagem. Assentam o seu funcionamento e processos de reconhecimento, validação e certificação no conceito de competências-chave, entendido como um conjunto de capacidades, conhecimentos e saberes que possibilitam aos cidadãos nas sociedades contemporâneas, actuarem de modo eficaz nas diferentes esferas de relação interpessoal e/ou institucional (privada, profissional, com as instituições e com a sociedade que os rodeia e sua evolução). Baseiam-se em processos inovadores de grande amplitude como os de reconhecimento, validação e certificação de competências, que se desenvolvem ao ritmo próprio do candidato adulto, partem das suas experiências de vida e consolidam percursos de auto-aprendizagem, reflexividade pessoal e formação individual.
Fi-lo porque senti que as minhas Habilitações Literárias estavam cada vez mais desfasadas dos tempos de hoje (já se fala na escolaridade obrigatória ir até ao 12º ano, o que me deixaria abaixo da 'linha de água') e do meu currículo profissional, que é extenso. Fui hoje à sessão de esclarecimentos e confirmei o meu entusiasmo - já havia lido o Guia Operacional. Depois da Certificação, seguir-se-á o a cesso ao Ensino Superior via processo de "Bolonha, maiores de 23" - já ando em explicações de Português e Matemática desde 6 de Agosto. Hà quase um ano deixei de fumar, agora voltei a estudar. Para além do benefício pessoal, directo que obterei se fôr bem sucedido, fica o exemplo para o meu filho (entrou agora para o 11º com 16). Acredito que os gestos valem mais do que mil ...como é que eles dizem? 'Sécas!'. Sim, ainda tenho sonhos. :-)

terça-feira, agosto 19, 2008

GeoAcampamento 2008

GeoAcampamento2008
A minha participação num GeoAcampamento foi, mais uma vez, destinada a satisfazer os gostos e preferências dos jovens da minha família, desta vez com a participação da Mónica. Assim, o nosso programa 'tinha' mesmo que incluir a subida da 'Fenda da Calcedónia, o 'Pé de Cabril', a piscina do parque de campismo e uns mergulhos nas 'Pozas del Rio Caldo'. :-) Destes objectivos só falhei o 'Pé de Cabril' porque quis ir por outro lado, desde a Casa de Leonte, e não dei com o local certo para virar à esquerda e, como já era tarde, olhando para a cara deles, achei melhor deixar para a próxima oportunidade. Como está implícito nos objectivos desta participação, e já o tinha comentado com a Silvana, só participei no programa comum quando conseguia 'aliciar' os meus jovens para isso. Foi desta maneira que perdi a grande caminhada do dia 15 e as suas peripécias das quais fui recebendo notícias por telemóvel. Primeiro dia. Arrancámos de Lisboa pouco depois da meia-noite, com a companhia do Bringer, e dirigimo-nos ao acampamento. Sabiamos que íamos lá chegar algumas horas antes de se poder fazer o check-in mas seriam usadas para descansar/dormir um pouco e assim foi. Depois, tivemos a ajuda da Silvana, do Carlos 'Overdose Nesquick' e da Carta de Campista dos Tony&MAry para conseguirmos ser aceites no Parque uma vez que já estava oficialmente 'Full'. :-) Um grande obrigado a todos! :-) Como este foi o dia em que estava previsto bom tempo, não podia falhar a 'Fenda' - se o tempo estivesse bom no dia seguinte, voltávamos lá com o grupo mas ...achei melhor jogar pelo seguro - e foi um espectáculo ver a satisfação dos 'repetentes' Filipe e João e da estreante Mónica. Não se importavam nada de lá voltar no dia seguinte, que era quando estava previsto o grupo lá ir. Mas, tal como se previa pela metereologia, o dia seguinte foi de CHUVA! Ainda antes do dia seguinte, tivemos um óptimo jantar no Chana, o restaurante das Pizas na lenha, ali em Vilar da Veiga, e depois fomos à Pedra Bela para tentar ver as estrelas - levámos um telescópio de propósito para isso! - e ver o eclipse lunar. A única coisa que vimos foi um grande eclipse lunar e estelar tal o céu nublado que estava... Ainda acompanhei o achamento da cache local por parte de alguns geocachers e constatei que a mesma se deslocou do local onde a tinha visto o ano passado... No dia seguinte... Mas será que o S. Pedro tem alguma coisa contra os acampamentos de Geocachers?! Chuva cheia de vontade de molhar. Pocinhas ao lado e por debaixo das tendas e... em alguns casos, até pocinhas de água por cima das tendas... Bem, foi de tal maneira que os meus jovens recusaram-se a sair das tendas enquanto não parasse de chover. Atirei com uns leites com chocolate mais uns croiassants lá para dentro, fui ao minimercado comprar sacos de plástico para eles calçarem for fora das meias (porque tinham deixado as botas foras das tendas) e juntei-me ao grupo para ir fazer umas 'drive-in's com eles, antes do almoço (atenção que 'drive-in's no Gerês não é a mesma coisa que nas cidades. ;-) ) Nesta primeira saída com o grupo, foi uma agradibilíssima surpresa a cache do Miradouro da Boneca. Foi também engraçado a logística para lá chegar com alguns carros aos saltos pelas pedras e poças de água e outros, um pouco mais baixinhos a ficarem perto do alcatrão, e depois os transbordos de pessoal entre os carros para se chegar ...400m mais à frente. ;-) Entretanto, quando nos aproximámos da Boneca, deixou de chover e tivemos um resto de dia geocachável. :-) Mas antes, foi tempo da maior barrigada do evento; o almoço no 'São João' com costeletas a sair do prato para fora em ambas as extremidades! :-) O Gerês é assim; grandes caminhadas (embora nõa tenha participado desta vez) e grandes almoçaradas (só para aqueles que se alimentam de comida e não de caches ;-) ) Na parte da tarde, lá se propiciou para nos juntarmos todos (os meus jovens e o grupo do acampamento) numa caçada colectiva a algumas caches em volta do Rio Arade. Que espectáculo as 'Cascatas de Tahiti'! Ainda houve alguma confusão e regressos atrás para lá chegar mas, uma vez lá chegados, e ultrapassado um obstáculo mais desafiante, ficámos todos de boca aberta (salvo seja) em frente das cascatas! Depois, o grupo foi-se dividindo (alguns já tinham visto esta e a restante e havia a churrascada para preparar e carne para comprar) e a parte de grupo onde fiquei foi procurar outra 'drive-in' à moda do Gerês, que se chama 'The River'. Aqui os 'cabritos' deram largas às pernas e enquanto nós serpenteávamos caminho acima, para vencer um desnível de alguns 100m, eles foram em linha mais ou menos recta pelos calhaus acima e só pararam no topo do monte, aí uns 20 ou 30m acima! É disto que eles gostam. ;-) Regressámos então ao acampamento para a Churrascada. Aqui há que dar os parabéns à Silvana pelas alheiras muito gostosas e um Grande Agradecimento aos Geocachers que assumiram a tarefa de grelhar as carnes e os enchidos. Tiveram um trabalhão imenso e o Churrasco estava óptimo e só nos resta ficar-lhes imensamente gratos por isso. Sei, apercebi-me, que a Silvana ficou desiludida por não haver outros petiscos a acompanhar as alheiras mas confesso que, falando por mim, ainda pensei no assunto mas não sei que poderia levar daqui de Lisboa... uma folhinha de alface? É o problema das cidades grandes; ficam completamente descaracterizadas em termos de usos, costumes e produtos regionais e nestas situações não temos nada de jeito para apresentar. Por isso, hà que agradecer e preservar o que o interior e as suas gentes têm. Um grande obrigado! :-) Entretanto a chuva ia fazendo 'aparições' de 5 minutos a cada meia hora que passava, a lembrar que sabia que nós estávamos ali... Terceiro dia. Dia do regresso, do check-out mas também, para nós, dia da ida às 'Pozas' para os moços se deliciarem com umas cacholadas nas águas 'calientes' dos espanhóis. Comecei por ir arrumando as coisas o melhor que podia, torcendo as toalhas e metendo-as em sacos de plástico, ainda com a chuva a fazer algumas aparições mas lá se levantou as tendas e se arrumou a tralha no carro. Pequeno almoço no parque e convívio com quem comeu ao mesmo tempo que nós e chegou a hora das despedidas do GeoAcampamento. Calhou a coincidência que o Paulo (carolangelpaul) estivesse com vontade de visitar as 'Pozas' e lá fomos todos em direcção à... Lusitani no Cávado - passámos lá tanta vez que era um crime não a visitar. :-) Depois rumámos então à Mata da Albergaria, Portela do Homem e 'Pozas'. Quando estávamos a arrumar o carro e a preprar as coisas para iniciar a descida, aparecem o 'nunotvedras' e o 'plnauta'. Boa! Mais companhia para o percurso. E até deu para o João perguntar ao 'plnauta' porque que é que uns gafanhotos são azuis e outros vermelhos... ;-) Chegados ao local, que já conheço das n vezes que já lá fui, foi a vez de ouvir as exclamações de satisfação e espanto dos que ali estavam pela primeira vez. :-) O calção de banho! O calção de banho! (entretanto havia parado de chover quando saímos do Parque e a temperatura do Sol já era muito agradável para uns mergulhos). Como a Mónica também estava 'apeada' em termos de fato de banho, lá se combinou que os geocachers iam mais para cima procurar e logar a cache e demoravam-se uns bons minutos a tirar fotos, enquanto ela tirava a roupa e dava uns mergulhos em soutien e cuecas porque não podia perder aquela oportunidade. :-) Depois dávamos sinal quando quiséssemos voltar para trás para ela se vestir novamente. É só logisticas altamente eficazes! ;-) Depois, foi tempo de regressar ao carro - uma subidinha de cerca de 2kms com uma inclinação não muito acentuada mas sempre constante e ...ála para o almoço na Vila do Gerês. Entretanto o grupo das 'Pozas' separou-se porque havia quem quizesse tentar uma das 'Preguiças' mas, como aconteceu ao longo do Evento, os grupos separam-se e juntam-se com a mesma facilidade; quando estávamos a almoçar chegam, novamente, o nunotvedras, o plnauta e o carolangelpaul que regressavam da 'Pregiça' que tinham tentado visitar. E prontos, além de saber porque é que o bacalhau está em vias de extinção (explicado pelo carolangelpaul) a nota mais importante (e um bocadinho chata) foi o atravessarmos a Vila do Gerês ao ritmo da Procissão que decorria no exacto momento que que por lá passámos! Um grande agradecimento à Silvana e Drager pela organização deste Evento que, mais uma vez, foi muito agradável apesar da chuva e um grande abraço a todos que conosco partilharam estes três belos dias do GeoAcampamento 2008. Um obrigado ao Bringer pela simpática companhia e por ter tomado a condução do carro quando eu lhe pedia por me sentir cansado. Assim, ter com quem partilhar o volante, é mais seguro. :-)

quarta-feira, julho 02, 2008

A ver estrelas


Numa das minhas deambulações pelas revistas de informática que pululam pelo meu dia a dia, deparei-me hoje com um artigo que me chamou a atenção.

A Microsoft tem disponível, em fase beta, o Worldwide Telescope (WWT), uma aplicação que permite a amadores e entusiastas explorarem as mais remotas galáxias e planetas. (...) O programa pode ser descarregado gratuitamente da internet, (...).
O WWT apresenta o sistema solar, buracos negros, constelações, nebulosas e acontecimentos cosmológicos. Por exemplo, conseguimos ver uma previsão do eclipse solar que vai acontecer a 1 de Agosto de 2008.
Este programa permite ao utilizador juntar-se a uma comunidade de astrónomos e partilhar visitas e informação, adicionar imagesn, criar apresentações e pesquisar informações sobre o espaço.
O utilizador pode optar por vaguear à solta, fazer uma visita guiada, com narração de um asrónomo ou de um amador ou de criar a sua própria visita.
A Google, com o Earth, especializou-se na Terra, mas permite espreitar o céu. A Microsoft, com o WWT, especializou-se no céu, mas também se pode espreitar a Terra.
O WWT permite a criação de tours personalizados, com a possibilidade de inserir texto, imagens, formas, música ou narração que depois podem ser partilhados e guardados no computador. (...)


in Exame Informática Soluções.


Descarreguei o programa e, em casa, virei o site WWT todo e não descansei enquanto não li todas as letras nele escritas e vi os vides com os testemunhos dos Astrónomos e Físicos a falarem de programa.

Depois comecei a ver estrelas no WWT - lento a arrancar mas os requisitos de hardware são consideráveis - e deliciei-me.

Acho que vou andar a ver estrelas durantes uns tempos...

terça-feira, junho 24, 2008

Um negócio da 'China'

Mais ou menos habituado, que estou, a perder sempre para com as grandes empresas ou entidades públicas quando se trata de pormenores tais como, o arredondamento da taxa de juro ou o ser considerado à partida como devedor dos impostos, e ter que ser eu a fazer prova da inocência, ou então a ter que suportar o apetite pelo lucro que as grandes organizações têm em que não lhes basta ter lucro mas, sim, hà que obter o maior lucro possível, mesmo que isso estrangule os seus clientes e os leve ao desaparecimento - leia-se falência -, quando surge um episódio 'ao contrário' é caso para registar. Foi o que me aconteceu hoje, como corolário de um processo de reclamação que já se desenrola hà cerca de um mês; Há dois anos ofereci ao Filipe um leitor Creative Zen Vision M pelo aniversário. Hà uns meses atrás, o rapazito tendo levado o aparelho para a escola (errado!) e tendo-o no bolso, ao levantar-se bateu com a coxa na parte inferior da mesa da sala de aulas e... escaqueirou o 'MP3'. Ficou desolado.... e eu furioso. Bom, como as coisas a nível de escola estavam a correr bem e como um novo aniversário se aproximava, decidi mandar reparar o aparelho. Foi em 19 de Abril. Paguei logo na altura, 15€ para me fazerem o orçamento Exactamente um mês depois, recebo o orçamento que importava ao todo em 148€ pela reparação. Seja. Perto do final do mês de Maio, começo a indagar sobre o andamento do processo - tinham-me dito que o orçamento era a parte mais demorada e que, uma vez aceite, a reparação era rápida e simples - e no dia 29 recebo a notícia de que o aparelho estava reparado e deveria chegar à loja, da grande superfície de equipamentos e electrodomésticos, dentro de dias. Descanso e telefono uma semana depois. A mesma notícia... começo a estranhar tanta demora no envio do aparelho desde as instalações do reparador para a grande superfície. Decorria a greve/bloqueio dos camionistas e pensei que seria essa a causa. Continuei a telefonar e, agora a deslocar-me pessoalmente lá todas as semanas e na última, já quase todos os dias. Passado que foi um mês sobre a aceitação do orçamento, e quase um mês sobre o final da reparação e perante a minha pressão cada vez maior, começou a grande superfície a encarar a hipótese de me fazer uma proposta comercial para, perante o pagamento do orçamento pela minha parte, eles fornecerem-me um equipamento igual ou equivalente. Nos últimos dias, desde Sábado, o contacto por telefone e pessoal foi diário, com grandes secas, é verdade, mas sem desistir porque os anos do Filipe estão mesmo aí à porta. Então ontem, lá avançaram para uma proposta comercial nos termos descritos e que aceitei sem hesitar. Mas não ficou resolvido logo ontem porque a única unidade que tinham era côr-de-rosa e eu, como eu não tinha presente o valor exacto do aparelho para se poder calcular o valor de outro equivalente, tive que lá voltar hoje. Assim, foi e de posse da factura de 2006 (tinham sido 300€) lá se começou a tratar do assunto. Eis senão quando, após umas consultas e uns telefonemas, o funcionário que me atendeu sempre bem, diga-se, começou a tentar dar-me a volta dizendo que como já não havia o aparelho exactamente igual mas havia o côr-de-rosa, que eu não queria, e também não havia o modelo superior (o anterior era de 30Gb e o modelo superior seria de 60Gb, para o qual eu até estava disposto a pagar alguma diferença se fosse preciso), então o que eles poderiam fazer era restituírem-me a diferença entre os 148€ do orçamento total e os 300€ que tinha pago pelo aparelho, aparentemente extraviado no circuito de reparação deles, e eu depois ia à loja comprar o que me apetecesse. Olheio-os de lado, tomei uma postura mais séria e disse-lhes; Meus senhores, a minha intenção desde o início sempre foi a de receber o meu aparelho reparado e pagar a importância do orçamento aceite. Têm aí o aparelho para me entregar? Entreguem-mo e fico satisfeito. Não têm? Não passaram já todos os prazos contratualmente considerados no processo de reparação que ambas as parte aceitaram? Não me fizeram uma proposta comercial que eu aceitei? Então, seguimos em frente com a mesma; eu pago o orçamento todo e os senhores dão-me um aparelho à minha escolha, equivalente em funcionalidades e com valor até 300€. Mais palavra, menos palavra foi o que lhes disse. E assim, foi; resolvidas as burocracias e pagos os 133€, saí de lá com um iPod Classic de 80Gb com, segundo dizem, melhor qualidade de som, mais recente, maior capacidade de armazenamento, no valor de 229€, e reembolsaram-me ainda 71€ em dinheiro para perfazer os 300€. E trouxe factura do novo equipamento que vale como se tivesse sido comprado de forma normal e, por isso, com a garantia total em termos de cobertura e periodo, a partir de hoje. :-)

terça-feira, junho 17, 2008

O Douro todo

Hà muito tempo que não andava de comboio. Não é aquele andar de comboio 'normal' como as viagens de curta distância em redor dos grandes centros populacionais, não, é andar de comboio mesmo, a sério, em viagens de centenas de quilómetros como o ir à 'santa terrinha' ou então... A ideia começou a evoluir com a colocação da cache 'Na Linha do Douro' e as sugestões que lá deixámos para que, como alternativa, visitassem a cache partindo do Porto, de comboio, para usufruirem do Douro todo. Depois, com a consciência de que a cache não tinha ficado 'perfeita' - estava boa mas não estava 'perfeita' porque, ao esperar-mos, a cada curva, encontrar o local mais bonito e arrebatador para deixar a cache final, caminhou-se mais de metade do percurso e teve que se deixar a cache num local... bonitinho -, comecei a acariciar a ideia de voltar ao percurso Pocinho-Barca d'Alva para melhor redistribuir os pontos e espalhar, assim, a multi cache ao longo dos seus 28 kms. Esta visita de manutenção, associada ao preço dos combustíveis e ao facto de que estou quase no limite dos quilómetros do contrato de ALD do meu carro, iria dar a 'desculpa' perfeita para fazer o percurso todo de comboio, desde Santa Apolónia até ao Pocinho. E até, também, por alguma consciência ecológica que tenho. Os preparativos; Precisava de uma tenda leve e que fosse fácil de transportar. A 2" é boa para a rapidez de montar mas é difícil de transportar às costas juntamente com uma mochila grande. Assim, andei à procura de uma mas o Cláudio antecipou-se e arranjou-me uma tipo Iglo bem fácil de montar e melhor de transportar - mete-se dentro da mochila. Também tinha decidido deixar o colchão em casa porque sabia que o local onde ia dormir, estação abandonada de Castelo Melhor, tinha lá dois ou três relvados direitinhos e macios - era menos um empecilho para a viagem e menos um entretém para as silvas da parte final do troço Côa -> C. Melhor. Comprei também um cartão TMN de 5€ e carreguei a bateria suplementar do PDA. Por outro lado, fui preparado para autonomia total de 2 dias e 2 noites e apesar de esperar calor, levei as botas de montanha e impermeáveis - e fiz bem. Como ia estar sózinho, em regime de eremita, durante muitas horas, uma grande parte delas no comboio, procurei e encontrei um livro de Miguel Torga (culpa do 'PH') para me fazer companhia - o escolhido foi o "Novos Contos da Montanha", uma colecção de pequenos contos ou histórias completas ao seu bom estilo literário. Desde hà uns tempos que trago comigo um pequeno caderninho onde vou anotando todos os pormenores que acontecem e os pensamentos que me ocorrem. É uma espécie de diário (ou 'caderno de caça' que alguns de vós conhece) - nem sempre anoto no próprio momento o que quero mas sim na próxima oportunidade possível. Tinha, também, decidido ir informando o pessoal das principais ocorrências ou momentos através do Jaiku (quando tivesse rede). Outra decisão; fazer todo o percurso ou o mais possível, em transportes públicos colectivos - só não era possível, por causa do horário, o percurso entre Barca d'Alva e Pocinho em que utilizei o táxi do Sr. Andrés. Por fim, comentei os pormenores da alteração a fazer com o Cláudio e recebi sugestões que foram aplicadas. Comentei também e obtive aprovação do Garri para as alterações que ia fazer e informei o Walcarr de tudo. A deslocação; E assim, foi. Após um agendamento falhado para 9 e 10 de Junho, por causa da greve dos maquinistas da CP, no dia 14 lá iniciei, pelas 6 horas a minha aventura, sózinho, até ao Rio Douro. Dia 14. 06h00 - Saída de casa 06h11 - Consulta via SMS, do tempo de espera do autocarro da Carris; reposta, 0 minutos e realmente apareceu logo uns segundos depois. 06h55 - >Jaiku: "Boas, Boarding... O Alfa Pendular parece um avião! Até tem saco de vómito..." 07h00 - O Alfa Pendular parece realmente um avião. Saída mesmo na hora marcada. Pela primeira vez andei no Alfa-Pendular e fiquei agradado com o aspecto a avião que ele tem. Os pormenores são em tudo similares; TV/rádio/filmes/áudio/tipo de janelas/saco de vómito... 9h44 - Campanhã. Cimbalino e mudar para um comboio do tipo Metro para Caíde. Ia cheio de Povo. 10h00 - >Jaiku: "Campanhã: Tempo de um Cimbalino e de mudar de comboio. Next stop; Régua-Caíde" 10h50 - Caíde; mudança para comboio 'normal'. 11h50 - A seguir a Mosteirô o comboio evolui junto à água do Douro e na sua margem Norte. 12h40 - A estação da Régua parece um Museu; locomotivas a carvão e a fumarar, outra a gasóleo, carruagens antigas, tudo em bom estado e onde o ferro e a madeira envernizada predominam. Outras carruagens também de aspecto antigo mas bem conservado, estavam pintadas a azul ou verde e com varandas nas extremidades e também vi dois veículos de inspeção/manutenção da linha - um tipo mota e outro tipo bicicleta. Tudo isto, material para exploração turística da Linha do Douro? Viria a saber mais tarde que era para a Linha do Tua. Fui almoçar. Depois de procurar na zona em redor, cheguei à conclusão de que o restaurante mais típico era o da Estação da Régua. Lá almocei um bitoque e dois 'finos'. 12h44 - >Jaiku: "Alguém me envia as coords. de uma cache em... na Régua? Aqui à beirinha da estaçon?... Cheguei à pouco e o comboio é só ás 15h29." 13h30 - Uma voltinha pelas redondezas para fazer tempo e tirar fotos do Rio Douro e das pontes na zona. 15h21 - "Boa tarde, é este o comboio para o Pocinho?!" Um homem de camisa côr de rosa e com emblema da Refer e uma bandeira vermelha na mão; "Não, tenha calma! Tenha calma." 15h34 - "Desculpe, o comboio para o Pocinho vem a seguir a este?". "É este aí". "Ai, é este?!!!" (o mesmo comboio) "Obrigado!". Olha se eu não voltasse a perguntar... agora a outro homem de camisa côr de rosa e com emblema da Refer e uma bandeira vermelha na mão... 15h44 - Ao ver cortinados nas janelas e encostos de cabeça em panos dourados, levantei-me e dirigi-me à porta e perguntei; "Desculpe, esta carruagem é de 1ª Classe?". "É tudo Classe única". Ainda bem que respondi "2ª Classe" quando me perguntaram "1ª ou 2ª Classe?" em Santa Apolónia, ao comprar os bilhetes. 15h45 - O comboio arranca para o Pocinho 16 minutos atrasado. 16h13 - Pinhão. Um local promissor; o rio, o comboio aproximando-se em curva, pontes, barcos, ancoradouros, casões antigos, vinhas nas encostas... bonito. 16h32 - >Jaiku: "Pinhão. O comboio evolui ao longo do Rio Douro, que serpenteia entre montes cobertos de vinhas. Algumas fotos são tiradas e mais alguns 'Contos da Montanha ' são lidos..." 17h10 - Chegada ao Pocinho - comprar água (gelada), beber um 'fino' e comprar pilhas, que já estava a ficar na 'reserva'. 17h34 - >Jaiku: "Pocinho; tempo p/um fino, abastecer-me de água, espreitar o Euro2008 e meter botas à 'Linha'." 17h50 - Início da caminhada. 19H50 - Côa 20h45 - Cache final recolhida do seu local e metida na mochila. 21h00 - 2º ponto virtual estabelecido. Começava a escurecer... 21h30 - "Deslarguem-me!". Foi o que exclamei às silvas que teimavam em agarrar-me e atrasar-me ainda mais na minha marcha pela linha fora, já com a luz do frontal e sem hipótese de pernoitar por ali, porque não havia espaço para estender o saco-cama ao menos. 22h00 - Após passar o primeiro túnel, completamente escuro que só dei por ele a 5 metros, cheguei à estação abandonada de Castelo Melhor. Vistoriar toda a zona e edifícios da estação para saber se tinha companhia. Noto um cheiro a queimado e vejo os restos de uma fogueira. Vou montar a tenda pela primeira vez, mordiscar uns rissóis, beber um pouco de água e deitar-me. 23h30 - Todos os barulhinhos que ouvia me pareciam lobos a rondar a minha tenda... Os peixes a chapinhar na água ajudam à festa... 00h30 - Acordo, se é que alguma vez cheguei a adormecer. Ehlá! Isto é barulho de fogueira! Não hesito. Levanto-me e espreito à porta da tenda; era mesmo uma fogueira acesa, a fogueira cujos restos tinha visto. Saio rapidamente, sem saber como, com a máquina fotográfica na mão. Chamo duas vezes; "Está aí alguém?". Tiro umas fotos e apago a fogueira com uma pedra larga, esmagando as chamas e as brasas. Estava descalço e em cuecas no meio da noite, com máquina fotográfica na mão, junto a uma estação abandonada de caminho de ferro na beirinha do Rio Douro, a mais de 10kms, a pé, da 'civilização'. Só o Geocaching... 04h00 - Chove. Pouquinho e apenas durante 10 minutos. 04h45 - Vem um barco. Raios! Tinham que vir acordar-me àquela hora! Acabara de adormecer... pensei que seguissem mas não. Atracam junto a uma velha casa ali a 30 metros. Estão por lá 10 minutos. Oiço vozes descontraídas de um homem e uma mulher. Vão-se embora. Estranho... especialmente pela hora... 05h45 - Levantar, comer, arrumar a tenda, preparar a cache (colocar-lhe material escrito lá dentro e abonitá-la com uma capa nova no logbook) e tirar um montão de fotos. A zona da estação abandonada de Castelo Melhor é uma das mais bonitas de todo o percurso; túnel, estação, ponte, curvas do rio, linha assentada sobre muro com arcos cuja imagem é espelhada na água, garganta tipo Portas de Ródão... 07h30 - Ponte dos degraus de acesso à via de manutenção. Desço e tiro fotos artísticas. 08h10 - Passo por mais uma das casas das famílias que viviam da manutenção da linha, do amanho de uma horta e da pesca de rio. Umas andorinhas pareciam brincar comigo fazendo voos circulares a entrar pela porta da casa, passar pela sala onde eu estava a tirar fotos e a sair pela janela. Fizeram isso umas 3 ou 4 vezes. Piavam quando passavam por mim. Fiquei desconfiado que havia por ali ninho e queriam afastar-me. Fiz-lhes a vontade. 09h30 - Passo por Almendra, local onde tinhamos pernoitado, eu e o Cláudio, na noite de 25 para 26 de Abril. Tiro mais umas fotos e acho graça a alguns escritos nas paredes da estação abandonada. 10h05 - Atravesso o segundo túnel deste troço da linha. É mais longo, está fresquinho e como é curvado, o seu centro está quase completamente às escuras. Oiço morcegos a refilar comigo (mas ninguém gosta de mim?!) e vejo-lhes as cagadelas no chão. 10h30 - Já levo o saco do trashout meio cheio (ou meio vazio). Tinha começado a enchê-lo em Almendra. 11h00 - Estou cansado, transpiro por todo o lado mas lembro-me que era porreiro chegar a Barca d'Alva com tempo para, antes de almoçar, tomar um duche e mudar de roupa na Pensão do dono do táxi que me levaria ao Pocinho. Serviço completo; banho, almoço e táxi. Acelero o passo revigorado com a ideia. 11:30 - Começo a tropeçar em algumas pedras que estão mais sobressaídas na linha. Em pensamentos, grito para mim; "Levanta os pés! Levanta os pés!". Grito muito comigo em pensamentos. 12h05 - Chegada a Barca d'Alva, saco do trashout num contentor. Pelo caminho tinha registado três novos pontos virtuais (um deles, de reserva para o caso de algum dos outros ser vandalizado) e colocado a cache no seu novo lugar. Agora sim, esta é a minha melhor cache. :-) Há que festejar com um 'fino'! Depois, os desejos são satisfeitos; banho, cuecas lavadas e almoço (bem, mudei a roupa toda excepto as calças e as botas). No almoço quis comer um prato regional e a escolha foi 'peixinhos do rio com molho de escabeche'. Ponho os telefonemas em dia através do TMN para descansar a família. Não havia rede Vodafone, não hà Jaiku. 14h00 - Partida para o Pocinho. Como tínhamos tempo, o Sr. Andrés levou-me a ver Torre de Moncorvo e mostrou-me os vários locais por onde passa a linha abandonada do Sabor. 15 kms sempre a subir, túneis, pontes mas muito mato na linha que tem, na maior parte do troço, vista para o vale por onde passa o Rio Sabor. Hmmm... interessante. ;-) Durante o caminho comentei as ocorrências da noite; "A fogueira foram pescadores que estiveram ali a pescar e não a apagaram bem. Acontece". O barco na noite, "...pescadores que foram mudar as redes ao peixe. Já abriu a época da pesca de rio". Comentei que, por volta do dia 5, é capaz de cá vir um espanhol e por volta do dia 19, uma excursão de geocachers. "Temos uma carrinha de 7 lugares... e mais o táxi...". 15h10 - Pocinho. Compro uma garrafa de água gelada para beber no comboio. Está calor. Espero. 15h11 - > Jaiku: "Yes! I'm alive! :-) Dormi na estação C. Melhor, caminhei ate Barca d'Alva, tomei banho, almocei e estou no comboio, no Pocinho, para regressar. Job done. :-)" 15h29 - 'Home' aqui vou eu! 15h35 - Afinal não tinha os bilhetes todos! Faltava-me Pocinho-Campanhã. E lá vão mais 10,90€ 'dele', fazendo com que o comboio deixe de ser uma opção mais barata que o carro (comparando apenas bilhetes com um depósito de combustível). 15h55 - Vimos o "Fernão de Magalhães" mas o "Douro Azul" é o melhor, disse a 'oferecida'. Mais tarde vimos o "Barca Douro". Penso voltar cá em Julho, com a Mila, para lhe mostrar o Douro de barco e de comboio. Penso que estaremos num destes barcos que vimos. 17h30 - Mosteirô; adeus Douro, até à proxima! 17h37 - O maior túnel ferroviário de Portugal? Pelo menos dos que conheço... 17h45 - Este comboio ultrapassou alguns limites de velocidade, pensei eu. Quis conferir a velocidade mas não hà sinal GPS lá dentro... 18h10 - Penafiel. Chove lá fora, as janelas estão fechadas, o comboio cheio de povo. Está calor e abafado. A viagem, que tem ainda mais 45 minutos, parece interminável. 18h54 - >Jaiku: "Campanhã. prox. comboio é ás... ora bem tenho 62 minutos para limpar as caches do Porto. :-)". Tomo um cimbalino e como um donut. 19h10 - Parou de chover. Deixa lá ver se existe uma 'foot in' perto da estaçon... Na rua, um vendedor de pechinchas da treta, "Desculpe incomodar..." - "Não incomoda nada porque eu não deixo!" Ui... até eu fiquei arrepiado comigo mesmo... Saíu-me. Tenho que ser mais brando senão, qualquer dia, levo uma navalhada no bucho... Entretanto fui dar uma volta pelas ruas circundantes para fazer tempo. 19h25 - Depois do tempo todo feito, pelo menos aquele que a minha parca paciência mo permitiu (efeitos de Miguel Torga) e como o sinal GPS teimava em não descer até ao meu GPSr (o céu nublado estava alto), desliguei-o e fui dormitar para a sala de espera da estaçon... 19h44 - Afinal fui ler o mail e, distraído com isso e com uma discussão entre uma negra e um velho saudoso dos tempos do racismo, dei comigo a levantar-me sobressaltado; "O comboio é já daqui a 8 minutos e ainda tenho que atravessar vários cais de embarque para procurar a linha 8!" 19h52 - O comboio está atrasado; "Desculpe, os lugares marcados são para respeitar mesmo?". "Convém...". "É que o comboio já está atrasado e com tanta gente para entrar e procurar lugar... vai ser uma confusão...". "Pois, mas convém...". "Bem, vou na carruagem 22, vou andando lá para o fundo do cais...". "Eu vou na 26. Também vou...". 20h25 - Depois de arrumado, continuei a ler o mail e a responder a algumas msgs. e informei a Mila da previsão de chegada. 20h44 - "Informamos os Srs. passageiros que por motivos de afrouxamento e sinalização na via, este comboio circula com 15 minutos de atraso". Pois... 21h17 - Uma SMS; A Suiça começa a ganhar a Portugal. Afundo-me no livro de Miguel Torga. Ao contrário do que disse num dos mails, não tinha condições para ressonar... 21h29 - Novo golo da Suiça. Raios! Fecho o blusão para esconder a t-shirt de Portugal e mergulho a cabeça ainda mais no livro. 21h44 - "O atraso foi agravado em 5 minutos...". Continuo no livro do Miguel Torga. A espaços, fecho os olhos e encosto a cabeça ao vidro. Passados alguns minutos, volto ao livro. A vizinha do lado tem um livro maior que o meu. E umas pernas também. 23h31 - >Jaiku: "Santa Apolónia. END :-)". 23h40 - Vou para a paragem do 35 para percorrer a última etapa do fds com o regresso a casa. A reportagem fotográfica do passeio (bem, apenas 30 e tal de mais de 200 fotos, as últimas com o PDA porque já não havia pilhas). E é isto para mim o Geocaching; aventura, memórias... doces memórias de momentos dos quais já tenho saudades.

domingo, abril 27, 2008

"45 Kms na Linha"

Caminhada feita com o clcortez nos dias
25 e 26 de Abril, na velha linha abandonada do Douro, entre La Fregeneda (Espanha), Barca d'Alva e Pocinho. 45 kms de linha, 22 túneis e 16 pontes. Dois dias, uma noite dormida na margem do Rio Douro. Duas multi caches colocadas, 9 espanhóis, 2 águias, 2 bois, uma aranha e vários portugueses encontrados.

No final, uma loira fresquinha pela garganta abaixo.

A melhor caminhada até agora feita por causa do Geocaching.




























































































A reportagem fotografica georeferenciada.



sexta-feira, abril 04, 2008

Pelas Rotas da Raia

Dia 24 de Março foi dia escolhido para a segunda tentativa de colocação da 'Rota do Contrabando'.

Como nos dias anteriores tinhas surgido a necessidade de fazer manutenção à 'Vale das Buracas' decidi fazer outra 'directa' e passar por lá.

É atemorizador o silêncio e a sensação de se "estar ali a mais" àquela hora da noite. Fiz a manutenção necessária e segui para Montalvão.

Pelo caminho fiz a travessia de 2 1/3 da largura de Portugal e ia sendo enganado pelo CoPilot que queria que eu viesse até à A23 para fazer um total de 203 kms. Vi a tempo o engodo, parei e pedi o percurso mais curto e então lá concordou comigo em irmos pela IC8 e fazer a festa por apenas 114 kms. :-)

Quando passei pela zona das Portas de Ródão, tive que esperar que o comboio passasse e reparei que a temperatura exterior estava negativa; -0,5. Brrrr!

Mais uns quilómetros e cheguei a Montalvão pelas 07h00 e tomei o pequeno almoço.



Depois disse 'olá' à árvore com a qual tive a 'história' do dia 15 e iniciei caminhada todo abotoado porque a temperatura ainda estava abaixo dos 3º.

Ia decidido a seguir em direcção à Fonte da Bica para ajustar a localização da cache, fazer uma reportagem fotográfica e recolher coordenadas fiáveis e depois fazer o percurso PR7-Entre Azenhas completo.

Um pouco mais adiante as ovelhas ainda dormiam mas o Sol brilhante prometia um dia agradável.

Na Fonte da Bica fiz o que pretendia e ainda um grande CITO (vestígios da passagem da 'IX Rota do Contrbando') para limpar a área deixá-las mais agradável a quem ali fosse.

Iniciei então a procura dos trilhos da PR7 e ainda dei com umas colmeias agitadas e algum mato grosso, dando comigo a pensar; 'tenho atracção pelas silvas e pelo mato cerrado...' enquanto progredia com alguma dificuldade. Mas mais adiante lá dei com o trilho, estudei-o no Ozi e consegui determinar o ponto de ligação entre aquele percurso e o caminho para a cache para que outros não tenham que andar a dar a cara às silvas e às giestas como eu dei. :-)

Segui então em direcção a um dos pontos de destaque , a Azenha do Artur, já junto ao Rio Sever, tirei algumas fotos e aí iniciei a melhor parte do percurso; cerca de 4 kms sempre por uma vereda salpicada por algumas sombras, nascentes de água, pontos de pesca e duas Azenhas. Tudo lá em baixo, juntinho ao Rio.

Mas como ainda não tinha acontecido nada de 'estranho' nesta deslocação, foi este o momento de algo surgir; apanhei um cagaço que me fez subir uma árvore e começar a soprar com força o meu apito de sobrevivência; ia todo entretido pela vereda, tirando fotografia aqui e ali, apreciando os mil e um ângulos de visão para o Rio quando a certa altura ouço um forte rosnar/ladrar de um cão que, pela voz de adulto me pareceu ser de grande porte. 'Rotweiler!' Pensei logo. E vai de saltar para uma árvore que estava ao lado da vereda e subir alguns galhos para ficar a uma altitude segura, já a pensar para com os meus botões "vou passar aqui a noite...". :-) Pouco depois oiço o ladrar de um outro cão e algumas vozes. Tiro então o meu apito de sobrevivência e assinalo a minha presença, acompanhado de gritos "Alõ! Estou sózinho a percorrer este percurso pedestre! Posso passar? hà problemas com os cães?". Os cães agitaram-se mas as vozes sossegaram-me dizendo que podia passar à vontade e começaram a chamar os câes. Entretanto eles passaram perto de mim, sem me ver em cima da árvore, a ladrar para um estranho que não viam mas eu vi-os... e eram uns caganitos... um deles mais largo de peito e certamente o que emitiu aquele barulho que me assustou mas... enfim. :-)

Saltei da árvore e eles lá me vieram ladrar às pernas mas falei-lhes já com calma e segurança e caminhei em direcção aos donos, cumprimentei-os e disse-lhes que estava a percorrer o PR7. Eles estavam num dos pontos de pesca e pareceu-me que já tinham ganho o almoço. Entretanto os cães já me ignoravam como se eu fosse velho conhecido. :-)

Convidaram-me para almoçar com eles mas agradeci e segui em frente. Pouco depois passava por uma fonte e mais à frente a Azenha do Nogueira onde existe outra fonte (ambas com àgua).

Mais umas fotos e iniciei a dura subida. A meio encontrei um miradouro com um banquinho e um painel informativo e mapa da PR7 e foi tempo de dizer adeus ao Rio Sever. Muito agradável este rio que eu nem sequer sabia que existia.

Chegado a Montalvão, iniciei o programa remanescente que era visitar duas caches, uma do almeidara e outra dos Robordões.

Mas antes fui espreitar a Barragem de Cedillo e fiquei desiludido porque as estradas asfaltadas do lado de Portugal e Espanha estão interrompidas por um portao fechado - Sei que no dia da 'IX Rota do Contrabando' os portugueses vieram por lá mas deve ter sido combinado antecipadamente. É pena. Gostava de ter ido a Cedillo espreitar a povoação. Bem, fica para o ano quando tentar percorrer a 'X Rota do Contrabando'.

Dirigi-me então em direcção à cache 'Fisga do Tejo' e quando cheguei ao local escolhido para iniciar a caminhada, almocei. Como disse, não fiz o percurso como sugerido, apenas metade dele mas tive que vencer um desnível bem maior. No entanto, senti-me recompensado quando a certa altura vejo uma paisagem composta por montes verdes que se perfilavam a perder de vista e por cima deles um céu baixo salpicado de pequenas núvems brancas e eu parecia estar a uma cota algures entre o topo dos monte e o 'tecto de núvens'. :-) foi pena os montes estarem sob sombra porque das varias fotos que tentei, nenhuma me satisfez completamente...

Sobre o local da cache, as duas sensações que tive, ao chegar lá, foram o cheiro e o silêncio; cheiro a marezia - até parecia o Rio Tejo na zona da Foz e não a centenas de kms dela, no interior - e o silêncio só suavemente interrompido pelo cantar dos pássaros ou o abrupto levantar vôo das codornizes e de uma cegonha. Um momento de alta qualidade. :-)

Quanto à cache, não tive grande dificuldade de a encontrar (10 minutos com várias abordagens e as espirais possíveis naquele terreno) e consegui encontrá-la sem ler dicas nem ver fotos spoiler. Outra coisa que reparei foi nas coordenadas correctas e a não confirmarem o que hà tempos disseram de que as caches do almeidara têm normalmene um desvio grande por ele ter um GPSr antigo. Ou isto não se confirma ou naquela situação correu bem. Também, ali não hà estruturas arquitectónicas a prejudicar o sinal. ;-)

Depois, foi tempo de ...subir outra vez... ai as minhas perninhas.

Chegado ao carro introduzi as coordenadas da '3 toneladas de Ouro' no CoPilot e iniciei a deslocação. Aqui foi a grande barraca do CoPilot. Não conhece a estrada asfaltada que vai até uma povoação a 4 kms da cache e do Rio Tejo e então enviou-me para Vila Velha de Rodão e depois queria que eu atravessasse o rio tejo pelo ar, num local onde não havia ponte (imagine-se uma linha recta a partir do sopé do penhasco onde está a 'Far away, so close' para a outra margem do Rio. Era isso que o CoPilot queria que eu fizesse...

Bem, deu-me oportunidade para tirar uma bela foto mas tirou-me vontade de fazer um post aqui neste meu blog sobre o CoPilot 7. Não faço publicidade a um programa que continua a apresentar falhas ridículas como esta.

Insisti em ir pelo lado correcto e ao passar na estrada que ele devia conhecer, ignorou-a e em resultado fui parar a uma outra aldeia mais a Sul e a ter que percorrer cerca de 15 kms por uma estrada de terra batida em muito mau estado.

Mas pelo caminho ainda dei de caras com uma situação engraçada; uma placa/aviso a pedir para os srs. caçadores não caçarem os porcos mansos. Parece que por ali, às vezes os caçadores disparam sobre o que fôr que apareça à frente, nem que seja porcos mansos dentro de uma propriedade vedada...

Chegado ao local da cache dos Rebordões, a sensação mais forte foi a satisfação por pela primeira vez ver as Portas do Ródão de uma perpectiva diferente e bam agradável.







Depois foi a curiosidade histórica dos vestígios da exploração do outro naquele local - não fazia a mínima ideia. Por é, os 'Romanos são loucos' mas levaram-nos o ouro todo...

Qaunto à cache, como estava já com cerca 16 kms nas pernas, não 'quis' perder embalagem e embiquei em direcção ao cais fluvial e estacionei o carro (ao som do ladrar dos cães por ali perto) e só depois reparei que estava a mais de 400m da cache. Nada de especial. Vamos lá. O problema é que parte desses metros foram a saltitar sobre os montões de seixos que os Romanos deixaram ali. Era engraçado o eco que faziam quando caminhava sobre eles mas já não achava graça à eventualidade de torcer um pé porque eles moviam-se para todos os lados. Bem, aventura passada e lá venci as poucas centenas de metros e cheguei ao 'montinho maior'.



E assim acabou um dia de 19 horas onde caminhei por 3 rotas da raia; 'PR6-Entre Azenhas', 'PR7-Rota dos Açudes' e 'PR4-Trilhos do Conhal', visitei três caches e coloquei uma nova. :-)

Mais fotos, aqui.

sexta-feira, março 21, 2008

A Rota do Contrabando ou...

...como classificar um dia destes?

Tinha grandes planos para este dia 15 de Março de 2008.

Planos traçados desde hà umas semanas e que incluíam;


  • fazer a verificação/manutenção da minha cache 'A Salto',

  • percorrer a 'IX Rota do Contrabando' e colocar uma nova cache no local de travessia dos contrabandistas,

Comecei a viagem pelas 23h55 de sexta-feira, depois de dormir um pouco e de tomar um duche antes de iniciar viagem - por isso não fui ao GeoMeetup.

Por volta das 3h15 estava em Segura a aproximar-me da cache. Assim que cheguei, verifiquei-a e verifiquei que estava lá e não tinha desaparecido nada. Estava apenas um pouco mais escondida devido à movimentação de terras. Mudei a folha das coordenadas, por uma nova, e fui verificar também o 1º ponto. Tudo ok. Não verifiquei a cache final porque o local é complicado de andar em escuridão total e, confesso, não me sentia ali muito bem sózinho, àquela hora da noite.


Siga para Montalvão, onde tinha que estar pelas 08h30. Ainda parei em Zebreira para fazer o log por volta das 04h30, porque

gosto de ter o expediente sempre em dia e sabia que o resto do dia iria ser duro e sem tempo para computadores.

Cheguei a Montalvão pelas 06h00 e depois de fazer um reconhecimento, decidi parar e dormir mais uma horita ou duas até amanhecer.

Chegadas as 08h05 começou a chegar pessoal e comi o pequeno almoço que levava comigo - fiz bem em ir preparado porque não havia local para comer.

Dirigi-me ao Castelo de Montalvão e, registei na máquina o primeiro ambiente do dia; pessoal a começar a juntar-se ansioso e entusiasmado pela caminhada que se aproxima.




Havia de tudo; Homens, mulheres, novos, velhos, assim assim e moços e moças novas.

Depois decidi até à zona do secretariado e registo e levei o carro porque tinha estacionamento em recinto fechado garantido.

Tive azar (ou inépcia); ao fazer marcha-atrás em curva, bati com a roda da frente esquerda numa árvore. Foi mesmo apenas a roda. Nem um risco ou amolgadela na chapa do carro. Resultado, ao príncipio não muito evidente, fiquei com a direcção 'abandalhada', a virar por sua vontade própria e nas rectas a pender ligeiramente para a esquerda. Tabém, para seguir a direito, tinha que ter o volante como se estivesse a virar para a esquerda. Não se augurava nada de bom e comecei logo a ficar sériamente preocupado...

Mas não tive coragem de espreitar por debaixo do carro.

Decidi seguir com o programa em frente no que dizia respeito à Rota e depois, ao regressar a Montalvão, analisava a situação e decidia sobre o que fazer. Naquela altura recusava-me a aceitar a ideia de poder ter o dia estragado.

No secretariado da Rota, deram-me um mapa, um folheto, uma fitinha evocativa da caminhada e uma senha para o almoço em Cedillo. e registaram a minha presença.

À hora marcada e após umas breves palavras, a Rota começou a andar. Éramos 250 'contrabandistas' (as inscrições completaram todas as vagas existentes) acompanhados por Bombeiros de Nisa, membros da Organização (Inijovem) e pessoal da Protecção Covil, mais uns quantos carros TT que estavam a postos para o que fosse preciso.

O dia prometia, o pessoal estava animado, as conversas em português e em castelhano misturavam-se e eu apreciava os bastões de caminhada de algumas pessoas; feitos em madeira e com fitinhas coloridas pregadas no topo.

Sabia, pela fitinha que me tinham distribuído, que cada uma correspondia a uma caminhada. Notava também, com um sorriso nos lábios, que algumas pessoas tinham GPSr.

A caminhada prosseguia, agora, por entre estradões ladeados por velhos muros de pedra e algumas ruínas do que terão sido casas rurais no meio de campos, de pastagens verdes. E notava, uma paisagem agradável e, simultaneamente, melancólica pela evidência, uma vez mais, do desaparecimento da faceta rural do nosso País.

Começámos a descer em direcção ao Rio Sever que fica no fundo de uma profunda e estreita garganta - ao longe, ainda perto de Montalvão, olha-se em frente, em direcção a Espanha e parece que os montes suaves do lado de Portugal têm ligação com os do outro lado da fronteira mas só mais perto do Rio se adivinha a canseira do desce e sobe que é preciso para o passar.

Nesto local foi feito o primeiro abastecimento; um saco com uma garrafa de água, uma laranja e uma barrita.

Descida a encosta, pelo progresivo apertar do caminho, começo a recear o 2º azar do dia; como é que vou esconder uma cache num caminho apinhado com 250 'contrabandistas'?

Éramos tantos e o caminho transformou-se tão apertado, uma vereda onde só passava uma pessoa de cada vez que ficámos ali parados à espera que a fila avançasse. Enquanto os primeiros já estavam a ser transportados de barco para a outra margem - era assim que o contrabando passava a fronteira naquela zona - os últimos ainda estavam a iniciar a descida...

Os meus receios confirmaram-se; perto do local de embarque, na Fonte de Bica, local que eu tinha referenciado pela leitura do blog da Rota e pelo TPC no Ozi, não havia possibilidade de escolher um sítio para colocar a cache nas calmas porque aquilo estava apinhado de gente.




Ainda subi um pouco a encosta e tirei uma foto do pessoal mas qualquer movimento fora do normal era logo acompanhado pelos olhares de várias pessoas de um e de outro lado do caminho.

Passados largos minutos de indecisão, e como o local já estava a ficar um pouco mais desanuviado porque já estavam a embarcar os últimos grupos, decidi ir até um pouco atrás no caminho para tentar esconder a cache, tendo justificado 'vou fazer um xixi' a quem me olhou surpreso por me ver afastar em direcção oposta à da marcha.

A ideia até parecia poder resultar não fosse...

Como sou esquisito a procurar local para colocar as caches e não consigo atirá-la para o primeiro monte de silvas que me aparece - apesar do que por aí se diz -, demorei um pouco a colocá-la e entretanto comecei a ouvir vozes a chamarem-me... para ajudar à festa, o PDA bloqueou e perdeu a ligação bluetooth com o GPSr - problemas no emissor de rádio a que eu já estou habituado mas naquele momento não tinha nem a calma nem o tempo para os resolver. Ainda fiz reboot ao PDA mas, e porque não estava com a calma necessária, esqueci-me de fazer reboot ao GPSr. Resultado; a certa altura e após vários chamamentos por mim, vejo aparecerem-me um Bombeiro e dois agentes da Protecção Civil a olharem para mim espantados com a minha atitude - 'Então?! Que se passa? O último barco vai arrancar!'. Olho para a outra margem e vejo uma fila interminável de pessoal a subir a encosta do lado de Espanha, com os primeiros já a atingirem o cimo.

Com a cache esocndida no local, quase debaixo dos meus pés, não podia tirá-la à frente deles. Não tinha conseguido registar as coordenadas e estava perturbado pela situação e pelo que tinha acontecido ao carro - embora eu ainda não soubesse muito bem o quê. Decidi então abandonar a Rota e dizer aos agentes que tinha à minha frente que tinha recebido um notícia pelo telemóvel que me tinha perturbado e que tinha que regressar. Mentiroso. Mas não podia dizer que estava a esconder uma cache... Pensava eu que podia ficar ali nas calmas a registar as coordenadas e depois regressava a pé a Montalvão, analisava os estragos no carro e decidia sobre o resto do programa...

Esta colocação de cache até tinha sido comentada com um dos membro da Direcção da Inijovem e eles mostrarem concordância e satisfação pelo facto;




From Inijovem

to me

Date: 5 Mar

Olá, uma vez mais

Não temos a menor dúvida no que significa, em termos futuros, a colocação de um geocache na Rota do Contrabando, se ela há 9 anos a este parte tem reunido cada vaz mais factores de interesse, esse certamente será uma mais valia a acrescentar ao percurso, pese embora, o mesmo nunca ser completamente igual de ano para ano, mas esse é um factor de menor importância e que pode ser sempre ajustado. Já agora e como informação adicional existem 2 percursos pedestres homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal na zona onde iremos realizar esta caminhada: PR7 Entre Azenhas (onde se inicia a Rota do Contrabando) e a PR8 Trilhos do Moinho Branco, os dois junto ao Rio Sever, é sempre mais uma alternativa para a colocação de geocaches. Para mais informações sobre estes e outros percursos homologados no nosso concelho poderá consultar o site oficial do Municipio de Nisa em www.cm-nisa.pt .


Mas eles, o Bombeiro e o das Protecção Civil, insistiram em que eu fosse com eles porque não podia ficar ali sózinho e eles davam-me boleia até Montalvão. Não resiti para não levantar suspeitas... e também não devia dar resultado. 'Terei que cá voltar para esconder a cache no melhor lugar possível e obter as coordenadas', pensei eu. 'Não é nada de saúde ou mal estar, é apenas uma notícia que recebi e que me tirou a vontade de continuar. Voltarei, nem que seja para percorrer o PR7, Caminho das Azenhas', reforcei eu. Ao que me responderam, 'Não venha sózinho!'. Pois...

O regresso a Montalvão teve de assinalável apenas o espectáculo de se ver uma fila interminável de pessoal a subir a encosta do lado de Espanha - não pude tirar fotos porque a Pickup amarela da Protecção Civil não parava de abanar e saltitar caminho acima, num daqueles trilhos onde parece impossível circular. Como eu ia na caixa, no dia seguinte ainda tinha dores no rabo. :-)

Chegados a Montalvão, abriram-me os portões do recinto onde ficaram os carros e tirei o meu. Despedi-me do Bombeiro e dos Agentes da Protecção Civil e afastei-me umas centenas de metros com o carro a continuar a ter aquele comportamento estranho e preocupante, especialmente quando virava a direcção ou circulava devagar.

Parei então numa recta espaçosa e fui espreitar por debaixo do carro. Era o que temia, a barra de direcção da roda da frente esquerda tinha entortado e estava mais curta o que provocava um afunilamento das rodas (foto doa direita em comparação com a da esquerda).





Bem, vou já andando para casa devagar e vou procurando uma oficina por onde passar. A 'Fisga do Tejo' fica também para outro dia quando cá voltar...

No caminho para V. V. Ródão ainda tive que passar numa zona de ligação de um Rali popular, com GNRs a controlarem o trânsito e condutores 'quentinhos' pela competição em que estavam envolvidos. Receei que algum dos GNRs reparasse na dificuldade com que eu e o meu carro íamos...

Continuei. E o carro começava a chiar nas curvas. A estrada era sinuosa e os meus receios maiores.

Em V. V. Ródão parei num posto de combustível, mesmo após atravessar o Rio Tejo, e perguntei por uma oficina onde me pudessem ajudar. Perguntaram-me o que era e concluiram que não tinham ali naquela povoação oficina que me pudesse ajudar. 'O mais perto é em Castelo Branco', disseram-me. Mas eu queria ir para Sul.

Decidi seguir para Sul, devagar. Por um pouco mais da distância, ao menos estava a aproximar-me de casa e não a afastar-me. Se tivesse que pedir reboque, a distância do serviço era menor. Em Abrantes saía da AE e procurava ajuda. Era Sábado, ainda antes de almoço, e devia conseguir alguma coisa. Por outro lado, estava numa AE onde hà mais apoio do que numa EN, em caso de necessidade.

Na AE o comportamento do carro era um pouco melhor porque se trata de rectas e curvas largas. Enquanto nas estradas não conseguia andar a 50, na AE o carro embalava facilmente para os 90, 100 - eu pensava que tinha que ir a 60, 70. Mas fui refreando o andamento, seguia sempre na direita, volante bem agarrado, com os cotovelos fincados nos encostos, evitava ultrapassagens e estava sempre com atenção à berma caso fosse necessário atirar para lá com o carro.

Parei em todas as AS e fui notando que o desgaste dos pneus da frente era cada vez maior nas zonas exteriores (abaixo, os pneus esquerdo e direito da frente na AS Abrantes).








Como o carro se portava bem, decidi continuar em diecção a Lisboa, depois de telefonar ao meu cunhado que é Pintor profissional de automóveis e é o desenrrascador oficial da família - percebe um pouco de tudo - 'Traz-me o carro!' 'Pois... vamos lá a ver se chego a Lisboa...'

E assim fui seguindo, parando em todas as AEs, perguntando por oficina - mas nenhuma tinha - verificando os pneus, deitar-lhes água porque aqueciam muito e rogando pragas à minha descontração ao sair do estacionamento em marcha a trás. Mordisquei umas barritas, tomei cafés e comi salgados numa das AEs e assim fui enganando a fome.

Pelas 15h00 estava em Lisboa. O meu cunhado deu-me a morada que introduzi no CoPilot e fui ter com ele, já quase sem direcção assiatida quando cheguei lá já com alguns filamentos metálicos à vista nos pneus...

Feito o relatório, fui comer qualquer coisa mais mastigável e, quase no fim, aparece o meu cunhado a pedir-me uma imperial. 'Já está! Agora vai comprar dois pneus novos e calibrar e alinhar a direcção'. Eu já contava com isso, obviamente. Não contava era com a rapidez e eficiência dele. O braço da direcção da roda esquerda estava direitinho!

Levei o carro à casa de pneus mais perto, a do estacionamento do Colombo. E foi assim que dei comigo a passear num Centro Comercial, pelas 16h30 de um Sábado em que ia percorrer a 'Rota do Contrabando' e visitar a 'Fisga do Tejo'...

Brevemente, penso ir recolher as coordenadas e talvez mudar um pouco o local da cache e visitar a 'Fisga do Tejo'. Espero que não chova, porque os terrenos parecem-me pesados quando empapados e tenho que manter o carro afastado das árvores. :-)

No próximo ano tentarei novamente percorrer a Rota do Contrabando.

Aqui fica um videofoto do que que foi esta edição.