sábado, outubro 25, 2008
Outro desafio...
terça-feira, outubro 21, 2008
"Por Templos e Minas do Gerês"
Foi uma excelente caminhada que começou pelas 01h00 junto à casa do "PH", ali para os lados dos Olivais, Lisboa. Depois, de deixarmos as cuecas (aka, malas/mochilas com roupa e coisas que não necessitávamos levar no primeiro dia) na Casa da Barca, pelas 06h00, fomos até à Portela do Homem deixar os carros e começámos a caminhada, propriamente dita, pelas 07h20. Finalmente, a tão esperada expedição "Por Templos e Minas do Gerês" tinha o seu início aguardado hà meses! 11 geocachers a amassar as botas (algumas novas) pelas pedras rolantes acima. O caminho... bem... já se sabe como é o caminho; um dos mais exigentes troços que se pode percorrer atrás das caixinhas em Portugal. Cerca de 9 kms sempre a subir, em que os primeiros 5 são essencialmente a pisar pedras rolantes. Na subida, feita em muito bom ritmo - fiquei surpreendido com quem ia à frente! - a certa altura dei com a cascata do outro lado do Rio Homem quase seca e, devido à surpresa e à desilusão, tropecei numa pedra rolante e arranhei um dedo. O que vale é que tinhamos duas simpáticas e carinhosas enfermeiras na expedição. Desta vez vimos garranos quase a chegar às Minas e quando lá estávamos a chegar, fomos saudados pela red movil espanhola. Tomámos um reforço de pequeno almoço, onde começou a partilha de petiscos entre a malta - os rissóis, aí os rissóis! - e descansámos enquanto se logava e o PH e o Cláudio foram analisar melhor os detalhes das minas vindo de lá satisfeitos com o que viram. Eu, é que me portei mal desta vez; em vez de fazer trash out, fiz trash in porque perdi o boné algures (vermelho, com os dizeres 'GeoAcampamento Gerês Agosto 2008' - se alguém o vir, pode ficar com ele) Umas palavras finais para referir que, quando eu o Lynx e o Sagitário voltávamos do parque de estacionamento da Portela do Homem, onde fomos deixar os carros, fomos informados pelos outros colegas de que tinham passado ali uns Guardas a dizer que não podíamos subir o trilho dos Carris, acima da fonte de pedra, por ser área de Reserva Integral. Como vi algumas caras sorridentes, pensei que estavam a mangar conosco - então, andamos vários meses a planear esta expedição, fizémos directa a conduzir desde Lisboa e não podemos subir?!. Exclamei; "Vamos mas é embora!" Alguém disse; "Isso é o que eu queria ouvir!" Horas mais tarde levámos uma das maiores rabecadas de que me lembro desde que sou adulto e íamos sendo multados em valores estrondosos... Segundo o Vigilante, desde 1 de Agosto de 2008 saíu uma nova Lei que proíbe completamente a circulação no trilho dos Carris, nas Minas dos Carris e na Nevosa...Tou às aranhas
Eu bem me parecia que havia de cá voltar... Foi uma excelente caminhada que começou pelas 01h00 junto à casa do "PH", ali para os lados dos Olivais, Lisboa. Depois, de deixarmos as cuecas (aka, malas/mochilas com roupa e coisas que não necessitávamos levar no primeiro dia) na Casa da Barca, pelas 06h00, fomos até à Portela do Homem deixar os carros e começámos a caminhada, propriamente dita, pelas 07h20. Finalmente, a tão esperada expedição "Por Templos e Minas do Gerês" foi realizada. 11 geocachers a amassar as botas (algumas novas) pelas pedras rolantes acima. A caminhada decorreu em ritmo calmo e agradável com o desfrute da natureza e paragens para descansar, beber água, fotografar... Desta vez não vimos cabrões mas vimos garranos quase a chegar às Minas e mais tarde quando estávamos a chegar perto da fronteira e depois, ainda, vimo-los quando estávamos na 'esplanada' a almoçar e a levar nas orelhas. O almoço foi mesmo no alto da Nevosa, a 'esplanada' com vista para as Minas e Pitões das Júnias e, como primeira sobremesa, tivémos a habitual leitura de textos de Miguel Torga pela voz do PH. Como segunda sobremesa é que já não foi tão bom... Quando eu o Lynx e o Sagitário voltávamos do parque de estacionamento da Portela do Homem, onde fomos deixar os carros, fomos informados pelos outros colegas de que tinham passado ali uns Guardas a dizer que não podíamos subir o trilho dos Carris, acima da fonte de pedra, por ser área de Reserva Integral. Como vi algumas caras sorridentes, pensei que estavam a mangar conosco - então, andámos vários meses a planear esta expedição, fizémos directa a conduzir desde Lisboa e não podemos subir?!. Exclamei; "Vamos mas é embora!" Alguém disse; "Isso é o que eu queria ouvir!" Horas mais tarde, quando acabávamos o almoço, levámos uma das maiores rabecadas de que me lembro desde que sou adulto e íamos sendo multados em valores estrondosos... Segundo o Vigilante que nos abordou, desde 1 de Agosto de 2008 saíu uma nova Lei que proíbe completamente a circulação no trilho dos Carris, nas Minas dos Carris e na Nevosa... Na zona do Trilho do Borrageiro, Encosta da Sabrosa, Rocalva, Roca Negra e diversos prados - nosso objectivo do dia seguinte - só com autorização prévia o que nos levou a mudar os planos para Domingo, mas isso fica para outros logs.Minas das Sombras
Esta é daquelas caches que, quando aparece, cativa-nos logo. Se bem que hoje em dia é difícil aperceber-me das caches que me interessam no meio tantas mas hà sempre alguma alma caridosa que me chama a atenção; "Manel, já viste esta?". Assim aconteceu. Então, logo ficou 'marcada' para a nossa expedição deste ano ao Gerês. Fomos desenvolvendo os planos, definindo, ajustando, etc... conforme os contactos que fizémos no-lo permitiram. De início, os planos era irmos da Portela do Homem, até esta cache, ir à Nevosa, "XXL" e depois fazer a ligação com o Trilho do Borrageiro sem descer o Rio Homem. Dormíamos na montanha, em tenda ultra leves. Lerdinhos... Tivémos que mudar os planos radicalmente. Arranjar alojamento, dividir a caminhada pelos dois dias, com pizza na lenha e bife 'à Barrosã' pelo meio, sem esquecer o retemperador duche antes do jantar. Mas isto são divagações para outros escritos... No concreto e na caminhada de Sábado que incluíu esta cache, começámos na Portela do Homem, sim, mas subimos o trilho do Rio Homem porque o Sagitário se lembrou e muito bem, que aquele trilho se faz melhor quando se está fresco e não quando já se tem os pernis amassados. Então, esta cache ficou para o fim do programa de Sábado, já no regresso à Portela, descendo por terras de nuestros hermanos, depois de nos terem aquecido as orelhas. Então, depois do almoço na Nevosa, como gosto de andar, arranjo sempre 'desculpas' para dar mais uma voltinhas e desta vez foi o perder do boné algures nas Minas dos Carris. Assim, enquanto a expedição seguia pelo Altar dos Cabrões mais ou menos em linha recta entre a Nevosa e esta caches, eu fui em 'passo de escuteiro' (40 passos a correr e 40 passos a andar) até aos Carris para não encontrar o meu boné vermelho com os dizeres do acampamento de geocachers deste Verão... Depois, trata de acelerar mais ainda o passo (40 passos a correr e 40 passos a correr) já na fase descendente do Altar em direção à expedição que ia uns kms à minha frente. Bem... eu só via era topos de rochas no meio da vegetação e eu a saltitar que nem um cabrito por cima deles, a falar pelo PMR com o PH e a pensar que se caisse partia-me todo tal a velocidade (e inconsciência) em que ia... Mas lá cheguei ao pé deles tão cansado que quando fui beber num curso de água onde pararam para se refrescar, escorreguei e dei tamanha marrada na pedra que nem sei como não parti os óculos... Depois, lá fomos encosta abaixo, descansadamente a admirar o belo vale que se estendia à nossa frente e a tentar adivinhar onde era o complexo das minas. "Quê? 400 metros é já ali?!" Exclamava para o PH ao vermos o casario pela primeira vez. Quando lá chegámos, estavam a Silvana e o Grager à nossa espera. Cumprimentos e beijinhos e lá se procurou a cache. As minas resultam bastante interessantes e houve quem as explorasse melhor que eu e viesse de lá bastante interessado em voltar para se perder por aqueles carris que submergem debaixo de água. Adivinhem quem é... Mas para mim, só dá o que puder alcançar com os pés calçados de botas e, válá, as mãos livres ou com umas luvas para me agarrar melhor à rocha. Escafandros, fatos de mergulho ou equipamento de escalada já não é para mim. Opções. Logada a cache e tiradas as fotos que cada um quis, foi tempo de iniciar a longa caminhada de regresso à Portela. Bem, esta cache devia ter um serviço de aluguer de bike. Isso é que era! Descer aqueles estradão nas bikes devia ser muito curtido. Assim, eu e o Cláudio ainda 'tirámos as medidas' ao mato que teríamos que atravessar para evitar aquele longo desvio que a estrada faz para Oeste para depois regressar a Sudoeste... Só ali poupavam-se alguns 5 ou 6 kms... "Se estivéssemos sózinhos...." Dizíamos um para o outro... A caminhada foi agradável mas um tudo-nada longa para quem queria chegar com luz do dia à Portela. Esta caminhada no final da Primavera deves ser menos stressante poque nessa altura não se está pressionado pelas poucas horas de luz que nos restas. De resto, foi um belo exercício de descompressão das pernas para quem tinha subido o trilho dos Carris, à Nevosa, ao Altar do Cabrões, a andar ou a saltitar... Chegados à estrada asfaltada, lá fomos nós os motoristas (eu o Lynx e o Sagitário) percorrer o 1,7 kms que nos separava da Portela onde já chegámos de noite para trazer os carros. Depois, discussão sobre o duche ou não antes do jantar. Cada um fez o que desejou e no fim acabámos o dia de voltar das pizas na lenha e dos bifes `'à barrosã' que o dia teinha sido puxadote. Tão puxadote que ouvi a Silvana e a Graça rirem-se de mim porque eu já fechava os olhos na mesa no final do jantar. Áh pois é! É que depois daquela dose ainda tinha que me entreter com um vinho verde que era um estalo... E um geocacher não é de ferro...No segundo dia o prato principal era a Fenda da Calcedónia - chegámos a pensar em ir lá de noite no primeiro dia mas o desejo de uma duche e a 'promessa' de um jantar cheio de coisas boas para recuperar as calorias para acabar o dia de barriguinha cheia foi mais apelativo... No segundo dia, depois de nos despedirmos dos Sagitários que ficaram 'no estaleiro' - pois, pois... ;-) - seguimos para uma voltinha por algumas caches drive-in, com passagem quase obrigatória pela Pedra Bela, São Bento da Porta Aberta e depois o Marco Miliário de Campo de Gerês, subimos à encosta Oeste da Serra do Gerês não para ir primeiro ao Miradouro da Boneca, que esteve planeado para antes de almoço, mas para directamente a uma das mais espantosas caches em Portugal; Fenda da Calcedónia
Prontos... adivinharam... voltei cá. Desta vez, inserido na Expedição Por Templos e Minas do Gerês, este ano ampliada a novos membros que tiveram pela primeira vez o gosto de experimentar algo diferente. Algo de excepcionalmento bom; Geocaching no Gerês. Como cada vez tem a sua história, desta vez os pontos altos foram a subida da Fenda, o almoço no topo da Calcedónia, o Porto de Honra e a logação na 'Calzedónia'. Muita animação e boa disposição marcaram esta caçada que foi, mais uma vez, um grande prazer. Bem... até à próxima!Após o saborear do almoço no topo do maciço granítico da Fenda da Calcedónia, onde estivemos relaxantemente, sem pressas nem fobias de ir procurar mais caches mas, sim, a desfrutar a paisagem, a companhia e o momento, lá nos despedimos do local e iniciámos o regresso. As caches circundantes ficaram para outra altura que certamente chegará visto que, tenho a certeza, incutimos este 'terrível vício' nos nossos novos quatro companheiros das ...Expedições ao Gerês. Durante o caminho na AE ainda alguns de nós andaram metidos em buracos e túneis e elevadores para 'fazer' uma 'one for the road' mas isso foi só para desentorpecer as pernas e o espírito das centenas de kms que se percorreram e ainda se iriam percorrer. Até à próxima, Gerês. Na próxima vez teremos que consultar as autoridades e obter as devidas autorizações mas isso é apenas um pequeno incómodo burocrático que não tem comparação perante o enorme prazer que é o de percorrer aqueles trilhos e subir aquelas encostas. E ir ver os 'Templos' que acabámos por não ver este ano.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Em busca da Certificação
1. O que é o Sistema Nacional de RVCC? O Sistema Nacional de RVCC é composto pela Rede Nacional dos 219 Centros Novas Oportunidades existentes, onde se desenvolvem os processos de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas pelas pessoas adultas, em vários contextos de vida. O Sistema Nacional de RVCC desenvolve actualmente apenas processos RVCC de nível básico, passando a desenvolver também de nível secundário através da aplicação do Referencial de Competências-Chave para a educação e formação de adultos de nível secundário e do respectivo Guia de Operacionalização. 1.1. Em que princípios se baseiam os Centros Novas Oportunidades? O Sistema Nacional de RVCC veio dar resposta à necessidade de qualificação de adultos que, não tendo oportunidade de concretizar e completar ciclos de escolaridade de nível básico, mas que detendo uma experiência de vida alargada em diferentes domínios de actuação, poderiam ver reconhecidas e certificadas as suas competências-chave, através de processos RVCC, em contextos adequados e a partir do trabalho conjunto com técnicos especializados. Os princípios que orientam as acções dos Centros Novas Oportunidades caracterizam-se por privilegiar a aprendizagem ao longo da vida, e os contextos informais e não-formais de aquisição e desenvolvimento de competências e saberes, a par com os contextos formais de aprendizagem. Assentam o seu funcionamento e processos de reconhecimento, validação e certificação no conceito de competências-chave, entendido como um conjunto de capacidades, conhecimentos e saberes que possibilitam aos cidadãos nas sociedades contemporâneas, actuarem de modo eficaz nas diferentes esferas de relação interpessoal e/ou institucional (privada, profissional, com as instituições e com a sociedade que os rodeia e sua evolução). Baseiam-se em processos inovadores de grande amplitude como os de reconhecimento, validação e certificação de competências, que se desenvolvem ao ritmo próprio do candidato adulto, partem das suas experiências de vida e consolidam percursos de auto-aprendizagem, reflexividade pessoal e formação individual.Fi-lo porque senti que as minhas Habilitações Literárias estavam cada vez mais desfasadas dos tempos de hoje (já se fala na escolaridade obrigatória ir até ao 12º ano, o que me deixaria abaixo da 'linha de água') e do meu currículo profissional, que é extenso. Fui hoje à sessão de esclarecimentos e confirmei o meu entusiasmo - já havia lido o Guia Operacional. Depois da Certificação, seguir-se-á o a cesso ao Ensino Superior via processo de "Bolonha, maiores de 23" - já ando em explicações de Português e Matemática desde 6 de Agosto. Hà quase um ano deixei de fumar, agora voltei a estudar. Para além do benefício pessoal, directo que obterei se fôr bem sucedido, fica o exemplo para o meu filho (entrou agora para o 11º com 16). Acredito que os gestos valem mais do que mil ...como é que eles dizem? 'Sécas!'. Sim, ainda tenho sonhos. :-)
terça-feira, agosto 19, 2008
GeoAcampamento 2008
GeoAcampam |
quarta-feira, julho 02, 2008
A ver estrelas
Numa das minhas deambulações pelas revistas de informática que pululam pelo meu dia a dia, deparei-me hoje com um artigo que me chamou a atenção.
A Microsoft tem disponível, em fase beta, o Worldwide Telescope (WWT), uma aplicação que permite a amadores e entusiastas explorarem as mais remotas galáxias e planetas. (...) O programa pode ser descarregado gratuitamente da internet, (...).
O WWT apresenta o sistema solar, buracos negros, constelações, nebulosas e acontecimentos cosmológicos. Por exemplo, conseguimos ver uma previsão do eclipse solar que vai acontecer a 1 de Agosto de 2008.
Este programa permite ao utilizador juntar-se a uma comunidade de astrónomos e partilhar visitas e informação, adicionar imagesn, criar apresentações e pesquisar informações sobre o espaço.
O utilizador pode optar por vaguear à solta, fazer uma visita guiada, com narração de um asrónomo ou de um amador ou de criar a sua própria visita.
A Google, com o Earth, especializou-se na Terra, mas permite espreitar o céu. A Microsoft, com o WWT, especializou-se no céu, mas também se pode espreitar a Terra.
O WWT permite a criação de tours personalizados, com a possibilidade de inserir texto, imagens, formas, música ou narração que depois podem ser partilhados e guardados no computador. (...)
in Exame Informática Soluções.
Descarreguei o programa e, em casa, virei o site WWT todo e não descansei enquanto não li todas as letras nele escritas e vi os vides com os testemunhos dos Astrónomos e Físicos a falarem de programa.
Depois comecei a ver estrelas no WWT - lento a arrancar mas os requisitos de hardware são consideráveis - e deliciei-me.
Acho que vou andar a ver estrelas durantes uns tempos...
terça-feira, junho 24, 2008
Um negócio da 'China'
terça-feira, junho 17, 2008
O Douro todo
domingo, abril 27, 2008
"45 Kms na Linha"
No final, uma loira fresquinha pela garganta abaixo.
A melhor caminhada até agora feita por causa do Geocaching.
A reportagem fotografica georeferenciada.
sexta-feira, abril 04, 2008
Pelas Rotas da Raia
Como nos dias anteriores tinhas surgido a necessidade de fazer manutenção à 'Vale das Buracas' decidi fazer outra 'directa' e passar por lá.
É atemorizador o silêncio e a sensação de se "estar ali a mais" àquela hora da noite. Fiz a manutenção necessária e segui para Montalvão.
Pelo caminho fiz a travessia de 2 1/3 da largura de Portugal e ia sendo enganado pelo CoPilot que queria que eu viesse até à A23 para fazer um total de 203 kms. Vi a tempo o engodo, parei e pedi o percurso mais curto e então lá concordou comigo em irmos pela IC8 e fazer a festa por apenas 114 kms. :-)
Quando passei pela zona das Portas de Ródão, tive que esperar que o comboio passasse e reparei que a temperatura exterior estava negativa; -0,5. Brrrr!
Mais uns quilómetros e cheguei a Montalvão pelas 07h00 e tomei o pequeno almoço.
Depois disse 'olá' à árvore com a qual tive a 'história' do dia 15 e iniciei caminhada todo abotoado porque a temperatura ainda estava abaixo dos 3º.
Ia decidido a seguir em direcção à Fonte da Bica para ajustar a localização da cache, fazer uma reportagem fotográfica e recolher coordenadas fiáveis e depois fazer o percurso PR7-Entre Azenhas completo.
Um pouco mais adiante as ovelhas ainda dormiam mas o Sol brilhante prometia um dia agradável.
Na Fonte da Bica fiz o que pretendia e ainda um grande CITO (vestígios da passagem da 'IX Rota do Contrbando') para limpar a área deixá-las mais agradável a quem ali fosse.
Iniciei então a procura dos trilhos da PR7 e ainda dei com umas colmeias agitadas e algum mato grosso, dando comigo a pensar; 'tenho atracção pelas silvas e pelo mato cerrado...' enquanto progredia com alguma dificuldade. Mas mais adiante lá dei com o trilho, estudei-o no Ozi e consegui determinar o ponto de ligação entre aquele percurso e o caminho para a cache para que outros não tenham que andar a dar a cara às silvas e às giestas como eu dei. :-)
Segui então em direcção a um dos pontos de destaque , a Azenha do Artur, já junto ao Rio Sever, tirei algumas fotos e aí iniciei a melhor parte do percurso; cerca de 4 kms sempre por uma vereda salpicada por algumas sombras, nascentes de água, pontos de pesca e duas Azenhas. Tudo lá em baixo, juntinho ao Rio.
Mas como ainda não tinha acontecido nada de 'estranho' nesta deslocação, foi este o momento de algo surgir; apanhei um cagaço que me fez subir uma árvore e começar a soprar com força o meu apito de sobrevivência; ia todo entretido pela vereda, tirando fotografia aqui e ali, apreciando os mil e um ângulos de visão para o Rio quando a certa altura ouço um forte rosnar/ladrar de um cão que, pela voz de adulto me pareceu ser de grande porte. 'Rotweiler!' Pensei logo. E vai de saltar para uma árvore que estava ao lado da vereda e subir alguns galhos para ficar a uma altitude segura, já a pensar para com os meus botões "vou passar aqui a noite...". :-) Pouco depois oiço o ladrar de um outro cão e algumas vozes. Tiro então o meu apito de sobrevivência e assinalo a minha presença, acompanhado de gritos "Alõ! Estou sózinho a percorrer este percurso pedestre! Posso passar? hà problemas com os cães?". Os cães agitaram-se mas as vozes sossegaram-me dizendo que podia passar à vontade e começaram a chamar os câes. Entretanto eles passaram perto de mim, sem me ver em cima da árvore, a ladrar para um estranho que não viam mas eu vi-os... e eram uns caganitos... um deles mais largo de peito e certamente o que emitiu aquele barulho que me assustou mas... enfim. :-)
Saltei da árvore e eles lá me vieram ladrar às pernas mas falei-lhes já com calma e segurança e caminhei em direcção aos donos, cumprimentei-os e disse-lhes que estava a percorrer o PR7. Eles estavam num dos pontos de pesca e pareceu-me que já tinham ganho o almoço. Entretanto os cães já me ignoravam como se eu fosse velho conhecido. :-)
Convidaram-me para almoçar com eles mas agradeci e segui em frente. Pouco depois passava por uma fonte e mais à frente a Azenha do Nogueira onde existe outra fonte (ambas com àgua).
Mais umas fotos e iniciei a dura subida. A meio encontrei um miradouro com um banquinho e um painel informativo e mapa da PR7 e foi tempo de dizer adeus ao Rio Sever. Muito agradável este rio que eu nem sequer sabia que existia.
Chegado a Montalvão, iniciei o programa remanescente que era visitar duas caches, uma do almeidara e outra dos Robordões.
Mas antes fui espreitar a Barragem de Cedillo e fiquei desiludido porque as estradas asfaltadas do lado de Portugal e Espanha estão interrompidas por um portao fechado - Sei que no dia da 'IX Rota do Contrabando' os portugueses vieram por lá mas deve ter sido combinado antecipadamente. É pena. Gostava de ter ido a Cedillo espreitar a povoação. Bem, fica para o ano quando tentar percorrer a 'X Rota do Contrabando'.
Dirigi-me então em direcção à cache 'Fisga do Tejo' e quando cheguei ao local escolhido para iniciar a caminhada, almocei. Como disse, não fiz o percurso como sugerido, apenas metade dele mas tive que vencer um desnível bem maior. No entanto, senti-me recompensado quando a certa altura vejo uma paisagem composta por montes verdes que se perfilavam a perder de vista e por cima deles um céu baixo salpicado de pequenas núvems brancas e eu parecia estar a uma cota algures entre o topo dos monte e o 'tecto de núvens'. :-) foi pena os montes estarem sob sombra porque das varias fotos que tentei, nenhuma me satisfez completamente...
Sobre o local da cache, as duas sensações que tive, ao chegar lá, foram o cheiro e o silêncio; cheiro a marezia - até parecia o Rio Tejo na zona da Foz e não a centenas de kms dela, no interior - e o silêncio só suavemente interrompido pelo cantar dos pássaros ou o abrupto levantar vôo das codornizes e de uma cegonha. Um momento de alta qualidade. :-)
Quanto à cache, não tive grande dificuldade de a encontrar (10 minutos com várias abordagens e as espirais possíveis naquele terreno) e consegui encontrá-la sem ler dicas nem ver fotos spoiler. Outra coisa que reparei foi nas coordenadas correctas e a não confirmarem o que hà tempos disseram de que as caches do almeidara têm normalmene um desvio grande por ele ter um GPSr antigo. Ou isto não se confirma ou naquela situação correu bem. Também, ali não hà estruturas arquitectónicas a prejudicar o sinal. ;-)
Depois, foi tempo de ...subir outra vez... ai as minhas perninhas.
Chegado ao carro introduzi as coordenadas da '3 toneladas de Ouro' no CoPilot e iniciei a deslocação. Aqui foi a grande barraca do CoPilot. Não conhece a estrada asfaltada que vai até uma povoação a 4 kms da cache e do Rio Tejo e então enviou-me para Vila Velha de Rodão e depois queria que eu atravessasse o rio tejo pelo ar, num local onde não havia ponte (imagine-se uma linha recta a partir do sopé do penhasco onde está a 'Far away, so close' para a outra margem do Rio. Era isso que o CoPilot queria que eu fizesse...
Bem, deu-me oportunidade para tirar uma bela foto mas tirou-me vontade de fazer um post aqui neste meu blog sobre o CoPilot 7. Não faço publicidade a um programa que continua a apresentar falhas ridículas como esta.
Insisti em ir pelo lado correcto e ao passar na estrada que ele devia conhecer, ignorou-a e em resultado fui parar a uma outra aldeia mais a Sul e a ter que percorrer cerca de 15 kms por uma estrada de terra batida em muito mau estado.
Mas pelo caminho ainda dei de caras com uma situação engraçada; uma placa/aviso a pedir para os srs. caçadores não caçarem os porcos mansos. Parece que por ali, às vezes os caçadores disparam sobre o que fôr que apareça à frente, nem que seja porcos mansos dentro de uma propriedade vedada...
Chegado ao local da cache dos Rebordões, a sensação mais forte foi a satisfação por pela primeira vez ver as Portas do Ródão de uma perpectiva diferente e bam agradável.
Depois foi a curiosidade histórica dos vestígios da exploração do outro naquele local - não fazia a mínima ideia. Por é, os 'Romanos são loucos' mas levaram-nos o ouro todo...
Qaunto à cache, como estava já com cerca 16 kms nas pernas, não 'quis' perder embalagem e embiquei em direcção ao cais fluvial e estacionei o carro (ao som do ladrar dos cães por ali perto) e só depois reparei que estava a mais de 400m da cache. Nada de especial. Vamos lá. O problema é que parte desses metros foram a saltitar sobre os montões de seixos que os Romanos deixaram ali. Era engraçado o eco que faziam quando caminhava sobre eles mas já não achava graça à eventualidade de torcer um pé porque eles moviam-se para todos os lados. Bem, aventura passada e lá venci as poucas centenas de metros e cheguei ao 'montinho maior'.
E assim acabou um dia de 19 horas onde caminhei por 3 rotas da raia; 'PR6-Entre Azenhas', 'PR7-Rota dos Açudes' e 'PR4-Trilhos do Conhal', visitei três caches e coloquei uma nova. :-)
Mais fotos, aqui.
sexta-feira, março 21, 2008
A Rota do Contrabando ou...
Tinha grandes planos para este dia 15 de Março de 2008.
Planos traçados desde hà umas semanas e que incluíam;
- fazer a verificação/manutenção da minha cache 'A Salto',
- percorrer a 'IX Rota do Contrabando' e colocar uma nova cache no local de travessia dos contrabandistas,
- visitar a cache 'Fisga do Tejo'.
Comecei a viagem pelas 23h55 de sexta-feira, depois de dormir um pouco e de tomar um duche antes de iniciar viagem - por isso não fui ao GeoMeetup.
Por volta das 3h15 estava em Segura a aproximar-me da cache. Assim que cheguei, verifiquei-a e verifiquei que estava lá e não tinha desaparecido nada. Estava apenas um pouco mais escondida devido à movimentação de terras. Mudei a folha das coordenadas, por uma nova, e fui verificar também o 1º ponto. Tudo ok. Não verifiquei a cache final porque o local é complicado de andar em escuridão total e, confesso, não me sentia ali muito bem sózinho, àquela hora da noite.
Siga para Montalvão, onde tinha que estar pelas 08h30. Ainda parei em Zebreira para fazer o log por volta das 04h30, porque
gosto de ter o expediente sempre em dia e sabia que o resto do dia iria ser duro e sem tempo para computadores.
Cheguei a Montalvão pelas 06h00 e depois de fazer um reconhecimento, decidi parar e dormir mais uma horita ou duas até amanhecer.
Chegadas as 08h05 começou a chegar pessoal e comi o pequeno almoço que levava comigo - fiz bem em ir preparado porque não havia local para comer.
Dirigi-me ao Castelo de Montalvão e, registei na máquina o primeiro ambiente do dia; pessoal a começar a juntar-se ansioso e entusiasmado pela caminhada que se aproxima.
Havia de tudo; Homens, mulheres, novos, velhos, assim assim e moços e moças novas.
Depois decidi até à zona do secretariado e registo e levei o carro porque tinha estacionamento em recinto fechado garantido.
Tive azar (ou inépcia); ao fazer marcha-atrás em curva, bati com a roda da frente esquerda numa árvore. Foi mesmo apenas a roda. Nem um risco ou amolgadela na chapa do carro. Resultado, ao príncipio não muito evidente, fiquei com a direcção 'abandalhada', a virar por sua vontade própria e nas rectas a pender ligeiramente para a esquerda. Tabém, para seguir a direito, tinha que ter o volante como se estivesse a virar para a esquerda. Não se augurava nada de bom e comecei logo a ficar sériamente preocupado...
Mas não tive coragem de espreitar por debaixo do carro.
Decidi seguir com o programa em frente no que dizia respeito à Rota e depois, ao regressar a Montalvão, analisava a situação e decidia sobre o que fazer. Naquela altura recusava-me a aceitar a ideia de poder ter o dia estragado.
No secretariado da Rota, deram-me um mapa, um folheto, uma fitinha evocativa da caminhada e uma senha para o almoço em Cedillo. e registaram a minha presença.
À hora marcada e após umas breves palavras, a Rota começou a andar. Éramos 250 'contrabandistas' (as inscrições completaram todas as vagas existentes) acompanhados por Bombeiros de Nisa, membros da Organização (Inijovem) e pessoal da Protecção Covil, mais uns quantos carros TT que estavam a postos para o que fosse preciso.
O dia prometia, o pessoal estava animado, as conversas em português e em castelhano misturavam-se e eu apreciava os bastões de caminhada de algumas pessoas; feitos em madeira e com fitinhas coloridas pregadas no topo.
Sabia, pela fitinha que me tinham distribuído, que cada uma correspondia a uma caminhada. Notava também, com um sorriso nos lábios, que algumas pessoas tinham GPSr.
A caminhada prosseguia, agora, por entre estradões ladeados por velhos muros de pedra e algumas ruínas do que terão sido casas rurais no meio de campos, de pastagens verdes. E notava, uma paisagem agradável e, simultaneamente, melancólica pela evidência, uma vez mais, do desaparecimento da faceta rural do nosso País.
Começámos a descer em direcção ao Rio Sever que fica no fundo de uma profunda e estreita garganta - ao longe, ainda perto de Montalvão, olha-se em frente, em direcção a Espanha e parece que os montes suaves do lado de Portugal têm ligação com os do outro lado da fronteira mas só mais perto do Rio se adivinha a canseira do desce e sobe que é preciso para o passar.
Nesto local foi feito o primeiro abastecimento; um saco com uma garrafa de água, uma laranja e uma barrita.
Descida a encosta, pelo progresivo apertar do caminho, começo a recear o 2º azar do dia; como é que vou esconder uma cache num caminho apinhado com 250 'contrabandistas'?
Éramos tantos e o caminho transformou-se tão apertado, uma vereda onde só passava uma pessoa de cada vez que ficámos ali parados à espera que a fila avançasse. Enquanto os primeiros já estavam a ser transportados de barco para a outra margem - era assim que o contrabando passava a fronteira naquela zona - os últimos ainda estavam a iniciar a descida...
Os meus receios confirmaram-se; perto do local de embarque, na Fonte de Bica, local que eu tinha referenciado pela leitura do blog da Rota e pelo TPC no Ozi, não havia possibilidade de escolher um sítio para colocar a cache nas calmas porque aquilo estava apinhado de gente.
Ainda subi um pouco a encosta e tirei uma foto do pessoal mas qualquer movimento fora do normal era logo acompanhado pelos olhares de várias pessoas de um e de outro lado do caminho.
Passados largos minutos de indecisão, e como o local já estava a ficar um pouco mais desanuviado porque já estavam a embarcar os últimos grupos, decidi ir até um pouco atrás no caminho para tentar esconder a cache, tendo justificado 'vou fazer um xixi' a quem me olhou surpreso por me ver afastar em direcção oposta à da marcha.
A ideia até parecia poder resultar não fosse...
Como sou esquisito a procurar local para colocar as caches e não consigo atirá-la para o primeiro monte de silvas que me aparece - apesar do que por aí se diz -, demorei um pouco a colocá-la e entretanto comecei a ouvir vozes a chamarem-me... para ajudar à festa, o PDA bloqueou e perdeu a ligação bluetooth com o GPSr - problemas no emissor de rádio a que eu já estou habituado mas naquele momento não tinha nem a calma nem o tempo para os resolver. Ainda fiz reboot ao PDA mas, e porque não estava com a calma necessária, esqueci-me de fazer reboot ao GPSr. Resultado; a certa altura e após vários chamamentos por mim, vejo aparecerem-me um Bombeiro e dois agentes da Protecção Civil a olharem para mim espantados com a minha atitude - 'Então?! Que se passa? O último barco vai arrancar!'. Olho para a outra margem e vejo uma fila interminável de pessoal a subir a encosta do lado de Espanha, com os primeiros já a atingirem o cimo.
Com a cache esocndida no local, quase debaixo dos meus pés, não podia tirá-la à frente deles. Não tinha conseguido registar as coordenadas e estava perturbado pela situação e pelo que tinha acontecido ao carro - embora eu ainda não soubesse muito bem o quê. Decidi então abandonar a Rota e dizer aos agentes que tinha à minha frente que tinha recebido um notícia pelo telemóvel que me tinha perturbado e que tinha que regressar. Mentiroso. Mas não podia dizer que estava a esconder uma cache... Pensava eu que podia ficar ali nas calmas a registar as coordenadas e depois regressava a pé a Montalvão, analisava os estragos no carro e decidia sobre o resto do programa...
Esta colocação de cache até tinha sido comentada com um dos membro da Direcção da Inijovem e eles mostrarem concordância e satisfação pelo facto;
From Inijovem
to me
Date: 5 Mar
Olá, uma vez mais
Não temos a menor dúvida no que significa, em termos futuros, a colocação de um geocache na Rota do Contrabando, se ela há 9 anos a este parte tem reunido cada vaz mais factores de interesse, esse certamente será uma mais valia a acrescentar ao percurso, pese embora, o mesmo nunca ser completamente igual de ano para ano, mas esse é um factor de menor importância e que pode ser sempre ajustado. Já agora e como informação adicional existem 2 percursos pedestres homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal na zona onde iremos realizar esta caminhada: PR7 Entre Azenhas (onde se inicia a Rota do Contrabando) e a PR8 Trilhos do Moinho Branco, os dois junto ao Rio Sever, é sempre mais uma alternativa para a colocação de geocaches. Para mais informações sobre estes e outros percursos homologados no nosso concelho poderá consultar o site oficial do Municipio de Nisa em www.cm-nisa.pt .
Mas eles, o Bombeiro e o das Protecção Civil, insistiram em que eu fosse com eles porque não podia ficar ali sózinho e eles davam-me boleia até Montalvão. Não resiti para não levantar suspeitas... e também não devia dar resultado. 'Terei que cá voltar para esconder a cache no melhor lugar possível e obter as coordenadas', pensei eu. 'Não é nada de saúde ou mal estar, é apenas uma notícia que recebi e que me tirou a vontade de continuar. Voltarei, nem que seja para percorrer o PR7, Caminho das Azenhas', reforcei eu. Ao que me responderam, 'Não venha sózinho!'. Pois...
O regresso a Montalvão teve de assinalável apenas o espectáculo de se ver uma fila interminável de pessoal a subir a encosta do lado de Espanha - não pude tirar fotos porque a Pickup amarela da Protecção Civil não parava de abanar e saltitar caminho acima, num daqueles trilhos onde parece impossível circular. Como eu ia na caixa, no dia seguinte ainda tinha dores no rabo. :-)
Chegados a Montalvão, abriram-me os portões do recinto onde ficaram os carros e tirei o meu. Despedi-me do Bombeiro e dos Agentes da Protecção Civil e afastei-me umas centenas de metros com o carro a continuar a ter aquele comportamento estranho e preocupante, especialmente quando virava a direcção ou circulava devagar.
Parei então numa recta espaçosa e fui espreitar por debaixo do carro. Era o que temia, a barra de direcção da roda da frente esquerda tinha entortado e estava mais curta o que provocava um afunilamento das rodas (foto doa direita em comparação com a da esquerda).
No caminho para V. V. Ródão ainda tive que passar numa zona de ligação de um Rali popular, com GNRs a controlarem o trânsito e condutores 'quentinhos' pela competição em que estavam envolvidos. Receei que algum dos GNRs reparasse na dificuldade com que eu e o meu carro íamos...
Continuei. E o carro começava a chiar nas curvas. A estrada era sinuosa e os meus receios maiores.
Em V. V. Ródão parei num posto de combustível, mesmo após atravessar o Rio Tejo, e perguntei por uma oficina onde me pudessem ajudar. Perguntaram-me o que era e concluiram que não tinham ali naquela povoação oficina que me pudesse ajudar. 'O mais perto é em Castelo Branco', disseram-me. Mas eu queria ir para Sul.
Decidi seguir para Sul, devagar. Por um pouco mais da distância, ao menos estava a aproximar-me de casa e não a afastar-me. Se tivesse que pedir reboque, a distância do serviço era menor. Em Abrantes saía da AE e procurava ajuda. Era Sábado, ainda antes de almoço, e devia conseguir alguma coisa. Por outro lado, estava numa AE onde hà mais apoio do que numa EN, em caso de necessidade.
Na AE o comportamento do carro era um pouco melhor porque se trata de rectas e curvas largas. Enquanto nas estradas não conseguia andar a 50, na AE o carro embalava facilmente para os 90, 100 - eu pensava que tinha que ir a 60, 70. Mas fui refreando o andamento, seguia sempre na direita, volante bem agarrado, com os cotovelos fincados nos encostos, evitava ultrapassagens e estava sempre com atenção à berma caso fosse necessário atirar para lá com o carro.
Parei em todas as AS e fui notando que o desgaste dos pneus da frente era cada vez maior nas zonas exteriores (abaixo, os pneus esquerdo e direito da frente na AS Abrantes).
Como o carro se portava bem, decidi continuar em diecção a Lisboa, depois de telefonar ao meu cunhado que é Pintor profissional de automóveis e é o desenrrascador oficial da família - percebe um pouco de tudo - 'Traz-me o carro!' 'Pois... vamos lá a ver se chego a Lisboa...'
E assim fui seguindo, parando em todas as AEs, perguntando por oficina - mas nenhuma tinha - verificando os pneus, deitar-lhes água porque aqueciam muito e rogando pragas à minha descontração ao sair do estacionamento em marcha a trás. Mordisquei umas barritas, tomei cafés e comi salgados numa das AEs e assim fui enganando a fome.
Pelas 15h00 estava em Lisboa. O meu cunhado deu-me a morada que introduzi no CoPilot e fui ter com ele, já quase sem direcção assiatida quando cheguei lá já com alguns filamentos metálicos à vista nos pneus...
Feito o relatório, fui comer qualquer coisa mais mastigável e, quase no fim, aparece o meu cunhado a pedir-me uma imperial. 'Já está! Agora vai comprar dois pneus novos e calibrar e alinhar a direcção'. Eu já contava com isso, obviamente. Não contava era com a rapidez e eficiência dele. O braço da direcção da roda esquerda estava direitinho!
Levei o carro à casa de pneus mais perto, a do estacionamento do Colombo. E foi assim que dei comigo a passear num Centro Comercial, pelas 16h30 de um Sábado em que ia percorrer a 'Rota do Contrabando' e visitar a 'Fisga do Tejo'...
Brevemente, penso ir recolher as coordenadas e talvez mudar um pouco o local da cache e visitar a 'Fisga do Tejo'. Espero que não chova, porque os terrenos parecem-me pesados quando empapados e tenho que manter o carro afastado das árvores. :-)
No próximo ano tentarei novamente percorrer a Rota do Contrabando.
Aqui fica um videofoto do que que foi esta edição.