Temos muitos e bons monumentos - ou não fosse Portugal um dos reinos mais antigos e carregados de história do mundo - e escolher os 7 mais significativos é, agora, um desafio que foi lançado aos portugueses. Eu já e aceitei e indiquei as minhas escolhas. Fiquei também a saber algo mais de alguns monumentos que não conhecia (embora, por questão de coerência, tenha votado nos que conheço). Ouxalá, iniciativas como esta levem a que Portugal e os portugueses comecem a preservar melhor os seu património. Ah! E já agora, a manter os monumentos abertos ao público nos dias em que o público tem mais disponibilidade para os visitar; fins de semana e feriados.
terça-feira, janeiro 09, 2007
Que maravilhas de Portugal...
Recentemente fiquei conhecedor do projecto de eleição das 7 Maravilhas de Portugal.
Interessei-me logo pelo assunto e achei grça mas também lógico que sendo Portugal a sede da apresentação oficial das novas 7 Maravilhas do Mundo, se realizasse algo similar para eleger as portuguesas.
domingo, janeiro 07, 2007
Acabei 2006 em força - IV - Erges.
Dia 30.
Após a agradável criação da cache "Abutres!", desloquei-me até a zona da fronteira em Segura, Rio Erges. A viagem foi brindada com uma paisagem sempre muito verde e agradável.
Chegado lá, fui logo espreitar a fronteira. Deparei-me com uma ponte sobre o Rio Erges, de traça inicial de estilo romano e dois postos fronteiriços; do lado de Portugal, já transformado em Posto de Turismo, do lado de Espanha, aparentemente fechado. As primeiras impressões foram para o forte caudal do rio, para o estreito montanhoso que parece estrangular o rio com se fosse umas "portas do Ródão" e para a existência de uma painel informativo (em muito bom estado) que descreve a região e apresenta um percurso pedestre de visita à zona ribeirinha e às diversas minas abandonadas da região.
Desloquei-me logo para a zona que tinha referenciada, "atravessou o rio Erges perto de Segura, um pouco para cima dos moinhos, antes da fronteira".
Comecei logo a ficar agradado com o local. Pareceu-me interessante para uma cache mesmo sem tema. Apenas como local.
Andei então o resto da tarde a espiolhar todos os pontos e estradões que se afastam e regressam junto do rio, tendo para isso que desviar algumas árvores que os madeireiros deixaram nas estradas florestais, tentando perceber por onde se deslocariam as pessoas que emigraram às escondidas. Por onde teriam exactamente atravessado, que estradões teriam tomado, já do lado espanhol para se deslocarem até à povoação de Piedras Albas onde retomaram o meio de transporte que os tinham trazido até à entrada de Segura.
Comecei a perceber que ia ser difícil colocar um dos passos da multicache do lado de Espanha porque o rio estava com um caudal considerável (não bastava arregaçar as calças e calçar umas sandálias).
Quando terminei o reconhecimento do local, já escurecia e decidi que tinha que ficar na zona para colocar a "A Salto". Como já estava preparado para isso, foi só fazer o telefonema à Mila e desligar rapidamente o telefone para preservar a saúde dos meus tímpanos.
Dirigi-me então ao centro da povoação onde falei com duas pessoas para confirmar as informações quanto aos locais de atravessamento do rio e indagar sobre locais de pernoita.
Os locais de atravessamento, sim, eram os que imaginava, a pernoita, não, só em Termas de Monfortinho. Ali só havia o "33", um restaurante.
Rumei a Termas já com o Sol posto onde cheguei e fui arranjar dormida e tomar banho. A pensão Batista pareceu-me uma boa solução em termos de preço-qualidade. Simples, sem luxos mas com tudo o que precisava; um quarto aquecido, com casa de banho e TV (vícios...).
Tomei banho e fui jantar a uma restaurante que me indicaram na pensão. Aí escolhi um versão regional do Naco na Pedra; o Bife na Pedra. Resultou muito bem e adorei. Enquanto comia, verificava as novidades do dia, tanto em relação a mails como a novidades no www.geocaching-pt.net e até respondi num post dedicado a esta colocação de cache, "A Salto".
Após o jantar, começou a choviscar e o vento estava frio mas como era relativamente cedo e não tinha sono, resolvi começar a tratar de um "dos objectivos secretos" que tinha para esta deslocação; visitar os vértices da "Triangle of History", multi cache que ando a tentar resolver desde o Verão/2006 - esta vai por passos.
Afinal correu bem e antes da meia noite tinha a voltinha do "triângulo da história" feita, coordenadas obtidas e ...era hora do xixi-cama.
Tinha pedido para ter o pequeno almoço cedo, pelas 7h30. Acederam com relutância tentando "negociar a coisa" para as 08h30 mas eu estava decidido e às 7h25 estava na sala de refeições.
Iniciei o regresso a Segura. O tempo estava muito diferente do dia anterior; muito nevoeiro e chuva miudinha. Ia ser um dia de geomolhas e geolama. Mas tinha a lição estudada; obter coordenadas dos locais de acesso à zona ribeirinha, obter coordenadas do local de estacionamento, colocar a cache final e ir pelo lado de Espanha, tentar aproximar-me da Ribera de Erjas (nome espanhol) por um dos vários caminhos que, desde Piedras Albas, se dirigiam para o Rio e que terão sido percorridos, em sentido contrário, pelos emigrantes "a salto".
Correu tudo bem excepto a parte final; conseguir chegar ao Rio pelo lado de Espanha. Tentei variadas aproximações mas acabava sempre por esbarrar em vedações de madeira e arame com placas que diziam, "Coto de Caza Privado". Parece que houve mudanças nas últimas dezenas de anos, quanto à organização das terras do lado espanhol...
A minha ideia era colocar um dos passos no lado espanhol do rio (tinha autorização do approver) para levar os visitantes da minha cache a experimentarem a sensação de passarem a fronteira como o fizeram os emigrantes; Quando o caudal do rio estivesse maior, como estava agora, iam de carro por Piedras Albas e usufruíam apenas do passeio. Quando o caudal do rio o permitisse, atravessavem o rio a pé e iam visitar o ponto do outro lado.
Assim, com a impossibilidade de colocar, nesta altura, um ponto em Espanha porque, por um lado o Rio tinha o caudal muito forte - parece que houve obras e aterros que estreitaram o leito - e, por outro lado, porque foi impossível chegar à outra margem pelo lado de Espanha, levei a cabo o meu plano B; colocar todos os pontos em Portugal, levando os visitantes a verem, sem experimentarem, os pontos de atravessamento do Rio Erges. Mais tarde, passarei pela zona para, então com o caudal mais baixo, colocar o tal ponto em Espanha - como no Inverno se verifica que é impossível atravessar o Rio, o tal ponto na outra margem será opcional ou seja, tanto o ponto 2 como o 3 terão as coordenadas do ponto final para que não seja obrigatório atravessar o rio mas o faça apenas quem queira e tenha condições para tal.
Assim, fiz e nesta sessão de escolher locais específicos, tendo em consideração os variados aspectos da colocação de caches, tirando fotos e coordenadas terminei tudo pelas 13h00.
E prontos. Ficou colocada a cache que mais tempo me levou a planear. Não ficou, por agora, como desejava mas irei mostrar Segura, o Erges e a barragem do Tejo em Espanha à minha família (merecem pela paciência que têm comigo) e, nessa altura, colocarei o ponto opcional na outra margem.
Almocei e comecei então a pensar seriamente no segundo "plano secreto" desta deslocação; visitar a "Epigenia do Ceira". Enquanto comia, lia a descrição da cache, calculava no CoPilot a hora de chegada ao local (18h05, já noite...) e avaliava a metereologia do dia (o nevoeiro tinha desaparecido a meio da manhã mas a chuva continuava a aparecer frequentemente). Como as condições não eram favoráveis e a cache dizia claramente para não ir sózinho, sem luz e com o terreno molhado, desisti da ideia. Estivesse o tempo que tinha estado no dia anterior e conseguisse eu chegar lá antes das 16h00 e tinha lá ido mesmo. Fica para outra altura. Quero mesmo tentar visitar a "Dª. Epigenia".
Após a agradável criação da cache "Abutres!", desloquei-me até a zona da fronteira em Segura, Rio Erges. A viagem foi brindada com uma paisagem sempre muito verde e agradável.
Chegado lá, fui logo espreitar a fronteira. Deparei-me com uma ponte sobre o Rio Erges, de traça inicial de estilo romano e dois postos fronteiriços; do lado de Portugal, já transformado em Posto de Turismo, do lado de Espanha, aparentemente fechado. As primeiras impressões foram para o forte caudal do rio, para o estreito montanhoso que parece estrangular o rio com se fosse umas "portas do Ródão" e para a existência de uma painel informativo (em muito bom estado) que descreve a região e apresenta um percurso pedestre de visita à zona ribeirinha e às diversas minas abandonadas da região.
Desloquei-me logo para a zona que tinha referenciada, "atravessou o rio Erges perto de Segura, um pouco para cima dos moinhos, antes da fronteira".
Comecei logo a ficar agradado com o local. Pareceu-me interessante para uma cache mesmo sem tema. Apenas como local.
Andei então o resto da tarde a espiolhar todos os pontos e estradões que se afastam e regressam junto do rio, tendo para isso que desviar algumas árvores que os madeireiros deixaram nas estradas florestais, tentando perceber por onde se deslocariam as pessoas que emigraram às escondidas. Por onde teriam exactamente atravessado, que estradões teriam tomado, já do lado espanhol para se deslocarem até à povoação de Piedras Albas onde retomaram o meio de transporte que os tinham trazido até à entrada de Segura.
Comecei a perceber que ia ser difícil colocar um dos passos da multicache do lado de Espanha porque o rio estava com um caudal considerável (não bastava arregaçar as calças e calçar umas sandálias).
Quando terminei o reconhecimento do local, já escurecia e decidi que tinha que ficar na zona para colocar a "A Salto". Como já estava preparado para isso, foi só fazer o telefonema à Mila e desligar rapidamente o telefone para preservar a saúde dos meus tímpanos.
Dirigi-me então ao centro da povoação onde falei com duas pessoas para confirmar as informações quanto aos locais de atravessamento do rio e indagar sobre locais de pernoita.
Os locais de atravessamento, sim, eram os que imaginava, a pernoita, não, só em Termas de Monfortinho. Ali só havia o "33", um restaurante.
Rumei a Termas já com o Sol posto onde cheguei e fui arranjar dormida e tomar banho. A pensão Batista pareceu-me uma boa solução em termos de preço-qualidade. Simples, sem luxos mas com tudo o que precisava; um quarto aquecido, com casa de banho e TV (vícios...).
Tomei banho e fui jantar a uma restaurante que me indicaram na pensão. Aí escolhi um versão regional do Naco na Pedra; o Bife na Pedra. Resultou muito bem e adorei. Enquanto comia, verificava as novidades do dia, tanto em relação a mails como a novidades no www.geocaching-pt.net e até respondi num post dedicado a esta colocação de cache, "A Salto".
Após o jantar, começou a choviscar e o vento estava frio mas como era relativamente cedo e não tinha sono, resolvi começar a tratar de um "dos objectivos secretos" que tinha para esta deslocação; visitar os vértices da "Triangle of History", multi cache que ando a tentar resolver desde o Verão/2006 - esta vai por passos.
Afinal correu bem e antes da meia noite tinha a voltinha do "triângulo da história" feita, coordenadas obtidas e ...era hora do xixi-cama.
Tinha pedido para ter o pequeno almoço cedo, pelas 7h30. Acederam com relutância tentando "negociar a coisa" para as 08h30 mas eu estava decidido e às 7h25 estava na sala de refeições.
Iniciei o regresso a Segura. O tempo estava muito diferente do dia anterior; muito nevoeiro e chuva miudinha. Ia ser um dia de geomolhas e geolama. Mas tinha a lição estudada; obter coordenadas dos locais de acesso à zona ribeirinha, obter coordenadas do local de estacionamento, colocar a cache final e ir pelo lado de Espanha, tentar aproximar-me da Ribera de Erjas (nome espanhol) por um dos vários caminhos que, desde Piedras Albas, se dirigiam para o Rio e que terão sido percorridos, em sentido contrário, pelos emigrantes "a salto".
Correu tudo bem excepto a parte final; conseguir chegar ao Rio pelo lado de Espanha. Tentei variadas aproximações mas acabava sempre por esbarrar em vedações de madeira e arame com placas que diziam, "Coto de Caza Privado". Parece que houve mudanças nas últimas dezenas de anos, quanto à organização das terras do lado espanhol...
A minha ideia era colocar um dos passos no lado espanhol do rio (tinha autorização do approver) para levar os visitantes da minha cache a experimentarem a sensação de passarem a fronteira como o fizeram os emigrantes; Quando o caudal do rio estivesse maior, como estava agora, iam de carro por Piedras Albas e usufruíam apenas do passeio. Quando o caudal do rio o permitisse, atravessavem o rio a pé e iam visitar o ponto do outro lado.
Assim, com a impossibilidade de colocar, nesta altura, um ponto em Espanha porque, por um lado o Rio tinha o caudal muito forte - parece que houve obras e aterros que estreitaram o leito - e, por outro lado, porque foi impossível chegar à outra margem pelo lado de Espanha, levei a cabo o meu plano B; colocar todos os pontos em Portugal, levando os visitantes a verem, sem experimentarem, os pontos de atravessamento do Rio Erges. Mais tarde, passarei pela zona para, então com o caudal mais baixo, colocar o tal ponto em Espanha - como no Inverno se verifica que é impossível atravessar o Rio, o tal ponto na outra margem será opcional ou seja, tanto o ponto 2 como o 3 terão as coordenadas do ponto final para que não seja obrigatório atravessar o rio mas o faça apenas quem queira e tenha condições para tal.
Assim, fiz e nesta sessão de escolher locais específicos, tendo em consideração os variados aspectos da colocação de caches, tirando fotos e coordenadas terminei tudo pelas 13h00.
E prontos. Ficou colocada a cache que mais tempo me levou a planear. Não ficou, por agora, como desejava mas irei mostrar Segura, o Erges e a barragem do Tejo em Espanha à minha família (merecem pela paciência que têm comigo) e, nessa altura, colocarei o ponto opcional na outra margem.
Almocei e comecei então a pensar seriamente no segundo "plano secreto" desta deslocação; visitar a "Epigenia do Ceira". Enquanto comia, lia a descrição da cache, calculava no CoPilot a hora de chegada ao local (18h05, já noite...) e avaliava a metereologia do dia (o nevoeiro tinha desaparecido a meio da manhã mas a chuva continuava a aparecer frequentemente). Como as condições não eram favoráveis e a cache dizia claramente para não ir sózinho, sem luz e com o terreno molhado, desisti da ideia. Estivesse o tempo que tinha estado no dia anterior e conseguisse eu chegar lá antes das 16h00 e tinha lá ido mesmo. Fica para outra altura. Quero mesmo tentar visitar a "Dª. Epigenia".
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