- Cláudio, vamos fazer uma surpresa àqueles gajos e aparecer no Pocinho à espera deles?
- Por acaso já me tinha lembrado disso...
Prontos, não era preciso dizer mais nada... nós os dois entendemo-nos bem.
Era só uma questão de obter as necessárias autorizações das nossa mulheres e preparar as mochilas e uns saco-camas para irmos por aí fora os dois, novamente.
E foi giro.
Começou por andar a ajudar o Cláudio a carregar umas hortaliças da horta do Pai dele, aí por volta das 2h00, e depois "entrarmos" com o vsergio, através de um telefonema do Cláudio, onde ele fingia que estava para se deitar e tentava só saber os planos de viagem e garantir que o grupo não fazia uma viagem a mais entre o Pocinho e Barca d'Alva. Tudo isto conosco junto ao carro e preparados para sair.
Nós estávamos a cerca de 2 kms da casa do Bruno, ali ao lado do "contentor laranja", onde o grupo se juntava para partir o que deve ter feito mais ou menos à mesma hora que nós.
Pela caminho, na AE, ainda pensámos que seríamos "descobertos" em alguma Área de Serviço onde parámos mas tal não aconteceu. E às 6h59 estavávamos a desligar o motor do carro, no Pocinho. Arrumámo-lo de modo a não ser facilmente descoberto.
Depois foi esperar pelo grupo e ir enviando umas smss, ora a um, ora a outro, para tentar saber onde eles estavam, sem revelar onde nós estávamos. "Castelo Rodrigo found! :-)" diz-me uma sms do MCA. "Fixe! Bom passeio" respondo eu, do Pocinho enquanto desesperava à espera deles, dando a entender que estava em Lisboa, mas andava a passear na ponte da linha abandonada do Sabor.
Depois lá apareceu a Silvana que nos descobriu quando estávamos a fazer os últimos preparativos das mochilas e, após cumprimentos e de saber que o grosso do grupo já estava em Barca d'Alva, fomos andando para a locomotiva onde esperaríamos por eles para os surpreender quando estivessem a ler os primeiros dados.
Pelo meio, houve fotos e espera da grande mas valeu a pena para ver a surpresa do grupo de Lisboa ao ver-nos aparecer de dentro da locomitiva.
Houve muito momentos deliciosos, muita galhofa, entre-ajuda e vários episódios dignos de registo mas os logs são de quem visitou as caches. Só refiro um em particular e que deu nome à expedição; ao fim de várias horas de caminhada, com cerca de 2/3 da distância total percorrida e após logar-se e arrumar-se a cache no local, o Bruno exclama - Só isto?!
Foi a gargalhada geral!
O resto do relato da expedição fica para os visitantes às nossas duas caches, através dos logs que fizerem na "Na Linha do Douro" e "La Rúta de los Túneles".
Por agora aqui fica a minha reportagem fotográfica.
É pena a vida não poder ter mais e mais momentos destes. :-)