terça-feira, dezembro 12, 2006

Sim, Carolina...

Não era para ser este o meu próximo post... mas este assunto do livro da Carolina já começa a ser demasiado importante para ser ignorado. E é isso mesmo que estes assuntos não poderão ser mais; ignorado pelas autoridades. O Apito Dourado surgiu porque deram porrada num político. Exageraram. Mas antes disto, muito apitos de outras cores houveram que foram abafados por quemtinha responsabilidade de fazer andar os processos ou arquivados como resultado da "greve de zelo" em que a classe judicial anda hà dezenas de anos como vingança de não ter as regalias que deseja do poder executivo. A Carolina poderá aparecer "um destes dias" , que é como quem diz, daqui a uns anos, morta num beco qualquer. Mas aprecio-lhe a coragem. A partir de agora já não hà mais margem para este caso ser abafado ou demorado até que os prazos legais expirem. Já está demasiado publico. E, estamos todos, seja qual fôr a nossa posição sobre o assunto (leia-se côr clubística), com os olhos postos neste caso. Sim, Carolina... acabaste de fazer mais pela dignificação da Justiça do que os próprios Magistrados. É que eles agora têm que se mexer.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Cheque à Banca?

Uma das coisas que me agrada mais no Orçamento de Estado para 2007 (talvez uma das únicas) é que finalmente a Banca vai pagar um pouco mais do que até agora. É sabido, através do media, que a Banca portuguesa tem passado nos últimos tempos por um período de grande crescimento e lucros, que é o sector de actividade económica mais rentável e, segundo comentários dos especialistas, é uma das Bancas mais poderosas da Europa. Como cidadão sujeito às Leis fiscais deste país, não gostei nada da reacção do responsável máximo da Associação de Bancos Portugueses quanto à obrigação de taxar os dividendos distribuídos através de representações em Portugal - "os Bancos sabem como fazer para pagar menos impostos" - indiciando que os Bancos vão passar a deslocalizar essas operações para agencias/representações no estrangeiro nem à recente determinação do Governo quanto ao arredondamento dos juros, que era feito em benefício dos Bancos - "a diferença é que vamos reflectir essa nova realidade na negociação das taxas". Agora, com a notícia de que vão passar a pagar impostos mais equiparáveis aos outros sectores da actividade económica, começaram a hostilizar o Governo e os Governantes - "São arrogantes e populistas na maneira como comunicam as decisões". Ninguém gosta de passar a pagar mais do que estava habituado, mesmo que o que estava habituado a pagar fosse perfeitamente abaixo do que é normal nos restantes sectores.... E por mim, ainda pagavam mais; parece que foram perdoados de pagar determinadas verbas ao erário público porque este Governo não teve a coragem de os fazer pagar o que deviam - "A Banca estava a agir de boa fé", disse um Secretário de Estado para justificar a isenção... Eu também gostaria de não pagar alguns dos meus impostos. De boa fé, também... claro.

domingo, novembro 05, 2006

Inconciliáveis?

Desde hà muito tempo que reparo na difícil coexistência entre a salvaguarda e protecção da natureza com a defesa/manutenção das condições de vida e de sobrevivência económica das populações. Os casos mais recentes são o acordo para a construção de 3 fábricas da IKEA na zona de Paços de Ferreira. Óptimo investimento e muito oportuno agora que o investimento estrangeiro parece estar a fugir de Portugal para o Leste (não sem antes ter mamado os incentivos ficais). Só que essa construção das 3 fábricas parece que vai ser feita em zona de paisagem protegida, assim definida pelo PDM local. Segundo ouvi, a IKEA não conseguiria construir fábricas em zonas de paisagem protegida na Suécia nem em outro país civilizado... Contentes pela economia, tristes pela natureza. Mais recentemente, alías hoje, ouvi um popular de uma povoação na periferia de Santarém queixar-se, em consequência das cheias que assolaram a zona por estes dias, que a culpa é dos ambientalistas que os denunciam e multam por andarem a limpar o mato nas ribeiras e não os deixarem fazer nada e agora eles que viessem ajudar a limpar as casas (cheias de lama) e pagar os prejuízos. Contentes pela natureza, tristes pela condições de vida e subsistência das povoações... Será que tem que ser sempre assim? Nunca se conseguirá conciliar a defesa da natureza com o bem estar das populações e boas condições para a economia? Confesso que me deixa confuso...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Salsa portuguesa?

Hoje, a caminho do trabalho, ia ouvindo a rádio e reparei numa notícia insuspeidada; Falava-se nos 10 anos da empresa Salsa que se dedica ao fabrico e comercialização de "pronto a vestir". Nada de especial até que ouvi o pormenor de ser 100% Portuguesa e estar muito bem no mercado. O esforço de internacionalização já vem de hà uns tempos e está a ser bem sucedido. Dizia um dos responsáveis; "Portugal é muito pequenino. Se imprimir-mos o mapa Mundo numa folha A4, Portugal nem aparece. Por isso a internacionalização era obrigatória para ganharmos dimensão que nos permitisse subsistir." Fiquei agradado com este caso de sucesso e por ser um projecto completamente português. Não sabia que a Salsa é portuguesa. Desconfiava que fosse latina mas talvez espanhola, argentina, italiana... Não sei qual a qualidade dos produtos deles nem o posicionamento dos preços em relação aos concorrentes mas, na próxima vez que fôr procurar roupa, vou entrar na Salsa certamente.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Geo Halloween

Ontem à noite fomos fazer uma noite de maluqueira para a Serra de Sintra. Nada de muito "grave"; apenas ir procurar umas caches de noite, ver a paisagem nocturna (que também tem o seu encanto) e "atrapalhar" alguns casais que, pensando estar devidamente recolhidos, foram surpreendidos pela invasão do local onde estavam entretidos. ;-) Tive a satisfação de o meu filho, Filipe, ter ido comigo. Ele começa a a acompanhar-me mais frequentemente e isso deixa-me cheio de alegria. É o BTT, o Geocaching, as conversas cada vez mais adultas... :-)) Começou-se em Sintra, junto ao Palácio Nacional, e quando parecia que estava toda a gente (chegámos a ser 16!), decidimos o percurso e partimos. Começámos pela cache em "Sta Eufémia" (que vista espectacular), depois de se nos juntarem os últimos elementos, partimos para a Lagoa Azul (um dos locais onde "atrapalhámos alguém). Aqui, tive a sorte de ser eu a encontrar a cache dedicada a este evento. Escondi-a logo no bolso para não tirar o prazer da busca aos outros! Eheheh! Acho que aprendi com alguém. ;-) De seguida, mais um conferência e a decisão foi para a cache "Afloramentos Graníticos". Ocorreu uma série de peripécias devido ao mato agressivo, dificuldade em encontrar o melhor caminho mas a boa disposição e noite espectacular com grande amplitude de visão, ultrapassou tudo. Houve muitos "cabritos monteses" a subir a todo e qualquer calhau e parece que se divertiram todos. Finalmente, para mim e para o Filipe, a cache "100 Caches". Fomos por um caminho diferente no seu final e a abordagem foi bem difícil mas, com a entreajuda, lá chegámos todos ao local. Grandes vistas nocturnas, brincadeira e boa disposição. Para nós acabou pelas 03h30 porque a Mila já estava preocupada mas tanto eu como o Filipe ainda tinhamos energia para ir à "Amon Hen". Sei que o outros foram a essa e a mais outra, tendo acabado pelas 05h00. Gandas malucos que os Geocachers são! :-) Consta que andou um "Homem da bata branca" atrás deles. ;-) Parte do percurso, aqui.

sábado, outubro 28, 2006

Eu Padre, pecador me devia confessar ...mas em quem confiar?

Segundo penso, a confissão de um fiel perante o Padre que o ouve é do mais sagrado e inviolável que pode ser proferido por um ser humano para outro. É nessa permissa que se baseia a confiança que o confessor necessita ter para abrir a sua alma e dizer coisas que o angustiam no mais profundo dos seus íntimos. Este caso, relatado no link acima, deita abaixo, arrasa mesmo, essa confiança que está implícita no acto de confissão. A pessoa que fez aquelas confissões, mesmo que não tenham sido feitas no confessionário, fá-las-ia se estivesse a falar com o leiteiro? ou o carteiro?... O Padre Fernando, da Igreja de Santo António das Antas, não é digno de ouvir as confissões dos seus fiéis. Ponto.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Mas estes Srs. estão doidos?!

(e ninguém lhes puxa as orelhas como a minha Avó me fazia) A crescente animosidade entre os dirigentes de dois grandes clubes de Portugal, que se tem verificado recentemente por motivo da aproximação de um jogo de futebol, com ataques e contra-ataques pessoais, vai resultar em quê? Barafunda, pancadaria entre o público, autocarros apedrejados, áreas de serviço assaltadas, insultos, pressão sobre a arbitragem, etc... Sou adepto de um desses clubes mas não me revejo em nada do que tem sido dito por esses Srs. e, se pensasse em ir ao jogo no próximo fim de semana, a animosidade que foi lançada para o ar tinha-me feito mudar de opinião, certamente. Ir a um estádio para me arriscar a ser espancado por hooligans? Ou pelo Corpo de Intervenção? Não contem comigo. ...e podem continuar a matar a "galinha dos ovos de ouro"...

domingo, outubro 22, 2006

As novas 7 Maravilhas

Das sete maravilhas do mundo antigo apenas uma sobreviveu ao tempo.
Agora está a decorrer uma votação para eleger as novas "sete maravilhas do mundo". A explicação completa sobre o tema, encontrei-o no wikipedia o "Sete Maravihas do Mundo Moderno".
A votação está a decorrer no site de uma organização sem fins lucrativos, a 7Wonders, que anunciará o resultado da votação no dia 7/7/2007 em ...Lisboa, Portugal.
Eu já faço parte da História! ;-)
"
You have just become part of history in the making of the New7Wonders of the World
You have voted for these candidates:
Colosseum Easter Island Statues Great Wall Machu Picchu Pyramids of Giza Stonehenge Taj Mahal
"

sábado, outubro 21, 2006

Computação em linha?

Devido à necessidade de ter determinados serviços disponíveis em vários PCs e à cada vez maior consciência de legalização do software que se usa, comecei às uns meses a procurar maneira de ter algo "comum" em PCs que uso sempre que navego na internet . Assim, uma espécie de menu que conteria os links para as páginas/sites que visito regularmente. Encontrei o personalized home page do Google: Devo dizer que o Google me tem agradado grandemente por apresentar um grande conjunto de serviços que preenchem uma variedade de necessidades no uso do computador. Conheci o Google como motor de pesquisa e agora uso-o quase sempre, depois apareceu o Gmail e agora uso também o Picasa, o Google Earth, a barra de ferramentas, pop-up locker, web acelerator e, se quisess, ia por aí fora. A oferta é enorme. Como "portal pessoal" está muito bom e permite a criação de "menus" de links, aplicações incorporadas, na página pessoal personalizada, criação de vários separadores com nome por nós atribuído. Um dos atributos engraçados é que os blocos dos conteúdos são "amovivéis" para se poder arrumar as coisas como queremos. O endereço para se começar a criar a nossa própria "personalized home page" é http://www.google.com/ig. É necessári ter-se conta (gratuita) no Google. Graças a isto, agora apenas tenho software licenciado no PC portátil da empresa e não preciso andar a manter software em vários PCs. Basta definir a home page do browser. É claro que a dependência da "net" aumentou imenso mas, ter acesso constante à Internet já começa a ser uma situação tão banal como o ter-se computador pessoal em casa.

terça-feira, outubro 17, 2006

Pelas escarpas

Este fim de semana fomos dar um passeio de geocaching juntos às escarpas entre o Guincho e o Cabo da Roca. Como se pode ver pelo mapa ao lado, a excelência da paisagem e o ar "selvagem" do mar e das escarpas, mesmo às portas da metrópole, não passou despercebido aos geocachers e motivos (caches) para lá ir, não faltam. O objectivo era "A Cache do Roger (Orion's Belt)" A última de um conjunto de caches dedicada à família de um geocacher amigo. Fomos eu, o Filipe e o"Snoopy". Já andava hà uns tempos a tentar convencer o Filipe porque gostava mesmo de partilhar este passeio matinal com ele. Comecei por me enganar na saída da estrada Malveira-C.Roca e fui parar à Biscaia. Depois de algumas tentativas, lá me decidi pedir ajuda a um local. Escolha acertada porque, além ficar a saber que deveria voltar às estrada asfaltada e voltar a sair "uns 700 ou 800m" mais a Oeste, fiquei a saber que iria deixar o carro ao pé da casa da Marina Mota e que a casa abandonada "lá no fundo, perto do mar" era um antigo posto de vigia da Guarda Fiscal e que a pequena praia logo em frente se chama "Guincho Velho". Assim, com esta informação toda a caçada até ficou mais interessante. É sempre reconfortante falar descontraidamente com os locais. Se se abordam com um sorriso, obtem-se outro e ao fim de uns segundos de conversa parece que já nos conhecemos à uns tempos. Depois lá fomos até ao local de estacionamento e começámos a andar por ali abaixo em direcção às escarpas e à costa. Adorámos o passeio (bem o Filipe, no regresso, queria colo para subir desde lá de baixo até ao carro...), apreciámos a paisagem e, de tão distraídos que íamos, passámos pelo posto da GF, baixamos ao curso de água, subimos novamente e já íamos uns bons 200m para Oeste da cache quando me deu para olhar para o mapa do Ozi no PDA... É que estávamos a gostar tanto do passeio que íamos por ali a fora... Só foi pena a minha máquina ter bloqueado outra vez com o erro E18 da Canon... nem uma foto... O Filipe ainda queria ir a um promontório em frente à costa que parecia isolado pela água mas tinha uma pequena passagem a "pé seco". Eu até admiti ir mas a existência de uma casa de madeira lá no fundo junto à praia de "Guincho Velho", ainda por cima habitada, fez-me desistir da ideia; as pessoas que por algum motivo vivem assim isoladas, têm um grande sentido de territorialidade e achei melhor não ir. Em relação a estes passeios e de uma forma geral, são a maneira óptima de contacto com a natureza, descontraidamente. Um passeio matinal de Domingo, na companhia do filho... Noutras vezes um passeio em conjunto com a família inteira, aqui já mais dependentes do carro. Sem dúvida o geocaching trouxe algo de novo. Quando quero, e posso, algo mais radical, vou sózinho ou na companhia de outros "malucos" como eu. Então agora que o trabalho me traz mais angustiado, sem "disponibilidade mental" para andar sob pressão, comecei a "regressar" aos meus tempos de início no geocaching e a procurar as caches que realmente me seduzem.

sábado, outubro 14, 2006

A (in)sensibilidade dos sensíveis

Já várias vezes me vi confrontado com acusações como "Não tens sensibilidade nenhuma!" ou "És um insensível!". Estas, decorrem normalmente em situações em que sou confrontado com alguém que numa determinada situação ou momento está com outra sensibilidade diferente da minha ou em situações em que, por algum motivo, não me apercebi completamente de todos os aspectos da situação. O caso mais recente e que me levou a cogitar estes pensamentos, teve a ver com uma intervenção de alguém num forum que frequento, onde se questionou se uma determinada iniciativa altruísta e bem intencionada de prestar um serviço gratuito não solicitado, não estaria a coartar o direito de iniciativa na manifestação da vontade em beneficiar do tal serviço por parte dos beneficiários do mesmo. Esta questão, perfeitamente legítima e aplaudida desde logo, foi esclarecida no sentido em que os beneficiários poderiam ou não aceitar esse serviço, incorporando o objecto material do mesmo nas sua "propriedade intelectual", além de poderem participar no acabamento e/ou aprovação do tal serviço comunitário e que esse mesmo serviço estaria na mesma linha de existência de outros serviços automaticos, não solicitados e com provadas deficiências de formato por serem, exactamente, automáticos e desprovidos de qualquer enquadramento temático. Até aqui tudo parecia bem. Foi colocada uma questão com acuracidade. Foi esclarecida por mais de um membro da comunidade. Eis senão quando, o questinador volta a bater na mesma tecla, usando os mesmos argumentos embora com formato diferente. Mais um caso de posições inconciliáveis... É este o motivo destas minhas cogitações: a sensibilidade ou insensibilidade de se perceber que para diferentes situações se deve usar de diferentes abordagens exactamente porque as situações são ...diferentes. Os argumentos do questionador são no sentido, não declarado mas implícito, de que se devia adoptar uma postura mais formal, o que noutro contexto é perfeitamente correcto e, por exemplo, até a adopto na minha profissão. Mas realçado o contexto em que se enquadrava, um hobby, voltar a insistir na mesma tecla sem apresentar argumentos realmente novos, pareceu-me ser o estar-se a impor aos outros a sua própria sensibilidade e postura perante as situações. Por isso, desde hà muitos anos, quando alguém me acusa de não ser sensível, pergunto a mim mesmo se o meu interlocutor é sensível para perceber que diferentes pessoas têm sensibilidades diferentes perante as mesmas situações ou, até, sensibilidades diferentes perante as mesmas situações mas em diferentes enquadramentos.

terça-feira, outubro 10, 2006

Às vezes apetece-me esbofetear alguém...

Esta manhã, quando ia para o trabalho e saí da A5 para Tires, pareceu-me que a Via Verde acendeu a luz laranja. Fiquei meio preocupado, meio indeciso; Terá sido velocidade? Terá sido dificuldade ocasional de leitura do identificador? Fiquei com o bichinho "atrás da orelha" para tomar mais atenção na próxima passagem... Pela hora de almoço, quando me desloquei do edifício central da empresa para ir para a fábrica, onde ia ter um web-conference com uns alemanheses (ainda piores do que aquele que andou para aí a fazer logs em alemão nas caches) reparei melhor aquando da passagem e vi! Ou seja, não vi. A luz verde não acendeu. Nem a laranja... Prontos... mais um problema. Raios. Continuando o meu percurso, tive o cuidado de já não passar na Via Verde quando saí da CREL para a IC19. Paguei em dinheiro e confirmei com o portageiro que teria que ir a um balcão da Via Verde esclarecer o assunto; pilha, avaria, cartão MB associado? Alguma coisa seria. Durante a tarde, e já depois de ter obtido a morada e horário do balcão do Saldanha (08h30 - 23h00. Bom horario, a pensar em quem trabalha), decidi ainda assim telefonar para obter esclarecimentos adicionais. Foi-me então dito que o problema era falta de autorização do débito directo na conta associada ao cartão MB a que está ligada a Via Verde, porque o cartão foi cancelado... Começando a desfiar as minhas memórias recentes, concluo que a minha ida ao banco na passada sexta-feira, para pedir um novo cartão MB para a minha mulher, porque o dela tinha ficado inutilizado, irreconhecível nas diversas caixas MB onde o testámos, levou a que o banco cancelasse o meu cartão MB... Agora, aqui ando eu sem cartão MB e sem direito a passar na Via Verde. Sinto-me nú. Aposto que o cartao MB da minha mulher se não estivesse inutilizado, continuaria activo e em condições de utilização...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Com um vazio na cabeça...

Hoje estou com aquela sensação de que tenho um buraco na cabeça e dentro dele um grande vazio (sim, porque os buracos podem ter coisas lá dentro mas este que hoje sinto, não, está mesmo vazio). Como esperado, lá fui participar na contagem física do armazém da empresa e foi uma tareia das antigas: trabalhei das 9h10 de ontem até às 04h10 do dia seguinte. Hoje. As coisas não foram exactamente como eu esperava (andar a contar caixinhas de medicamentos e fazer lançamentos manuais no sistema) mas, ao contrário, até fiz alguns desenvolvimentos "na hora" que acabaram por ser muito úteis; programas que recebiam dados de um ficheiro excel e, validando todas as entidades, faziam os ditos lançamentos no sistema BPCS no AS400. Foi um sucesso e todos temos a noção de que se não fosse assim, ainda agora estávamos a fazer lançamentos manuais e a facturação não tinha iniciado a actividade normal hoje, no início do dia. Até acabou por ser reconfortante ter sido capaz de contribuir com algo pensado e feito na hora e que acabou por resultar bem. Então, porque só se acabou tão tarde, já madrugada de 2ª feira? É que ao fim de 4 dias de contagens, no Domingo, pelas 20h30 ainda se estava a fazer recontagens e a reconfirmar contagens... Depois foi a saga de introduzir os dados das folhas de contagens em ficheiros excel e passá-los pelos programas de validação e integração que tinha eu feito durante o dia. Como é normal nestas situações, os erros de digitação são mais que muitos mas os erros foram sendo resolvidos (recorrendo a rallies pelos armazém dentro para confirmar identificação de lotes ou localizações) e consequente rectificação até que, pelas 03h00 da matina de 2ª feira, todas os lançamentos estavam validados e integrados e começou o apuramento dos resultados da contagem física mais completa em que já alguma vez participei. Terminou pelas 04h10 da manhã... Como ponto positivo, o administrador delegado teve o gesto simpático de aparecer lá pela 01h00 da manhã com umas sandes para o pessoal comer. Não que eu tivesse fome e até não comi qualquer sandes (eu não perdoei o jantar assim que me apercebi de que dificilmente saía antes da 00h00) mas o gesto foi simpático e muito útil para alguns que já estavam a mordiscar os lábios. Infelizmente, por causa desta tarefa especial que a empresa precisou levar a cabo, não pude ir ao evento de geocaching conduzido pelos amigos geocachers geólogos. Gostava mesmo de ter ido, com a companhia dos rapazes e do Snoopy... Bom, agora vou tapar o buraco com algumas horas extra de sono.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Uma tarde com o filho

Hoje tivemos a oportunidade de ir dar uma volta de bicicleta para a zona da "Expo". Uma actividade de lazer bem merecida após os trabalhos forçados a que tenho andado submetido e depois de haver algumas mudanças cá em casa, como preparativos para obras que se avizinham. Fomos levar a Mila a casa da mãe e rumámos para o nosso destino, onde estacionámos perto do local por debaixo da ponte e onde existe uma pista de patins, skate, bmx, etc... Começámos em direcção ao Trancão e depois voltámos em direcção à Torre Vasco da Gama, continuando sempre o mais perto do rio possível até ao fim e virámos para dentro para contornar a Torre Galp. Tinha pensado em procurar a cache G Spot mas continua indisponível, assim, fica para outra altura. Regressámos ao ponto de partida e embora tenha levado o PDA e o GPSr, nunca os liguei mas calculo que se andou mais de 10kms. A tarde estava muito agradável com o céu limpo e uma temperatura amena o que levou imensas pessoas para aquele aprazível local. Por isso, tivemos que andar um pouco mais devagar mas o passeio foi bastante agradável e, mais importante, foi uma actividade de lazer conjunta com o meu filho o que tem sido raro e é de aproveitar o máximo possível. Por isso, tentei que fosse sempre ele a escolher os percursos e o ritmo para que também para ele fosse um prazer.

(foto: Filipe Antunes)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Desmoralizado...

Há dias convocaram-me para participar na contagem física do stock no armazem de uma das empresas do grupo. A contagem terá lugar no proximo fim-de-semana e eu fui "convidado" para ir participar. Vou no Domingo, dia 8. Estranhei o gesto, até porque costumo dar imensas horas de trabalho às empresas do grupo, trabalhando quase todos os dias úteis à noite, em casa, e até nos fins de semana, conforme aconteceu este último em que trabalhei durante a noite de Sexta, toda a tarde de Sábado e a manhã de Domingo. E, isto, continuando a cumprir o horario regular e tentando sempre ser produtivo durante o mesmo - não trabalho fora de horas para compensar o horario normal mas sim para somar, acrescentar valor à minha produtividade. Mas mesmo assim, arrolaram-me para ir contar caixas de medicamentos e lançar movimentos no sistema... Confesso que fiquei desmoralizado pelo facto mas, uma vez que me referenciaram, não podia recusar. O medo do desemprego é uma grande arma contra quem trabalha por conta de outro. Se ainda ao menos me tivessem pedido para dar um dia de trabalho, fazendo o que é a minha especialidade - desenvolver aplicações - de modo a acelerar o andamento de projectos em curso, fá-lo-ia de muito maior grado, apesar de ser isso mesmo que passo todo o tempo "particular" a fazer... Lá se vai o evento de Geocaching, dedicado à geologia, na praia das Avencas, e ao qual eu já tinha planeado ir com o meu filho, o meu sobrinho e o nosso cão.

quinta-feira, setembro 28, 2006

A (in)Segurança Social

Faço descontos para a Segurança Social desde hà 30 anos completados em Agosto e sem qualquer interrupção. Devido à minha idade, ainda terei que trabalhar mais 19 anos... ...será que haverá reforma para mim quando chegar a minha vez?

quarta-feira, setembro 27, 2006

Adeus "Coffee Break"...

Esta semana fui surpreendido com um CI àcerca dos novos horários dos refeitórios e zonas de café/snacks na empresa. Ao príncipio não percebi muito bem e pensei que destinava a regular o fornecimento do pequenos almoço e jantar ao pessoal da fábrica. Após alertas dos colegas e uma leitura mais atenta, fiquei a saber que a zona dos cafés/snacks nas máquinas de dispensing foram vedados fora dos horários do pequeno almoço, almoço e jantar. Na prática, estamos agora todos vedados do retemperador "coffee break"... :-( E eu que sou um viciado em café. Hoje custou-me mesmo passar o dia, até que porque a noite passada dormi mal, preocupado com um projecto complicado lá no trabalho. Tive que compensar indo beber água e lavar a cara várias vezes para me manter concentrado no trabalho - acho que, no conjunto, desperdicei mais que os habituais 5 minutos que precisava para o "coffee break" e o cigarrito, e que eram largamente compensados com o trabalho que desenvolvo fora de horário de trabalho, em minha casa, como um que acabei mesmo há pouco. Esta medida, de acabar com o "coffee break", terá sido tomada porque há quem abusasse do tempo de "descanso" e, como de costume, pagam todos por alguns... É pena...

terça-feira, setembro 26, 2006

A espiral de qualquer coisa

Que dizer quando uma empresa começa a pedir aos seus colaboradores para darem um contributo extra, ficando a trabalhar até altas horas da noite para colocar o trabalho em dia e, depois, essa colaboração extra torna-se uma rotina de dias, semanas, meses... e parece não vir a ter fim? Um caso típico em que trabalhar muito não significa trabalhar bem. Hà colaboradores que começam a entrar no dilema entre precisarem do emprego para sustentar a família e fazerem valer o seu direito de ter uma vida com e para a família. Afinal, o trabalho devia ser um meio de subsistência e não a razão da sua existência. Toca-me.

domingo, setembro 24, 2006

Deixar a pele e os cabelos no mato

O que pode levar um marketeer e um IT systems analist a meterem-se por uma escarpa calcária, nas margens do Rio Nabão, a 3 horas do carro, sem cobertura GSM e a progredir pelo meio do mato, lutando metro a metro para não deixar lá os cabelos todos e ir libertando a roupa e a mochila das silvas e outros arbustos tipo "liana com picos"? O Geocaching, obviamente! ;-) (foto: Lynx Pardinus) Hoje tive um dos desafios mais exigentes desde que pratico este hobby; A história completa da "caçada", aqui. São momentos como este que me fazem sentir saudávelmente maluco. ;-)

sábado, setembro 23, 2006

Citações

Segundo penso, quando alguém cita outro é, regra geral, para sublinhar, afirmar, dar apoio a essa afirmação alheia. Isto, a não ser que a citação seja meramente factual e venha acompanhada de manifestação de abstenção ou distanciamento quanto ao que se está a citar. Esta introdução tem a haver com a recente citação feita pelo actual Papa, das palavras de um outro Papa da idade média. As palavras citadas são, indiscutivelmente polémicas e isso ficou provado pelos acontecimentos que se lhes seguiram. Quando ouvi tais palavras nos media, torci logo o nariz esperando/receando o que veio a acontecer. Não sei o que me irrita mais em relação a este episódio provocado pelo actual Papa; Se a falta de bom senso dele (o anterior papa, João Paulo II, não cometeria este erro) Se a já esperada reação violenta dos muçulmanos com a matança de uma freira e incendeio de igrejas Se a sensação de que não se é livre para dizer o que se pensa em relação à religião muçulmana, porque logo se levanta mais uma "guerra santa" onde, como sempre, os inocentes e desprotegidos acabam por pagar (desta vez uma freira, noutras vezes vulgares cidadãos ocupados com a sua vida) Quanto às palavras citadas, defendendo que não se deve recorrer "à utilização da espada para espalhar a Fé", penso que nenhuma das religiões "dominantes" pode atirar pedras ao telhado do vizinho... As cruzadas, a "evangelização" dos Índios da América do Sul, a Santa Inquisição, etc... deviam cobrir a cara de vergonha dos chefes da Igreja Cristã e mantê-los calados em vez de andarem a provocar tensões certas com os muçulmanos. É por isso que cada vez tenho menos daquela crença que me impingiram quando era criança...

Blogs

Esta é a terceira tentativa de ter um espaço online onde deixar algumas palavras e partilhar algo de mim. A primeira foi em formato de site pessoal mas o veículo não era muito confortável porque ainda não dominava (nem agora...) a formatação html. Surgiu então a oferta de espaço num blog feita pelo João Rechena e aproveitei-a. Além de não ter conseguido uma cadência que me satisfizesse, esse site de blogs era metralhado por spam todas as semanas e acabei por desistir dele. Espero que nesta nova tentativa, tanto eu como este site em que decidi apostar nos portemos melhor. Para esta nova versão do "meu espaço" pretendo fazer algo mais parecido com um "diário", embora não obrigatóriamente diário, porque de obrigatoriedades já me chega o trabalho, onde irei tentar escrever algo de uma forma mais rotineira, embora alguns posts sejam intemporais. Sempre gostei de escrever - o que não significa que escreva bem. Lembro-me de que, ainda antes do aparecimento da micro informática, andava sempre com papelinhos onde escrevia notas, "coisas a fazer", apontamentos, ideias... Espero conseguir libertar-me um pouco daquele "terrível defeito" dos portugueses que é o de serem imaginativos e desenrrascados mas falharem na efectividade e na manutenção da disciplina continuada quanto aos projectos em que se metem...

quinta-feira, setembro 21, 2006

Ensonado...

Já tenho sono mas ainda tenho sonhos. Hoje foi um dia complicado... Começou por se conciliar uma manhã de chuva forte com a greve do metro. Resultado; desde hà vários meses que não tinha tanta dificuldade em chegar ao trabalho. No último dia do Verão, já tenho saudades dele. Depois, ia preocupado com um programa que andava hà vários meses a dar-me problemas e está a chegar a hora de ele ser realmente necessário. Trata-se de um programa que pretende ligar ordens de fabrico de semi acabados (assim coma a massa de um bolo antes da cozedura) com produtos acabados (o bolo depois de cozido e pronto a comer). Agora que a Sofarimex decidiu falar grosso com a Axxom por causa de um projecto que devia demorar 4 meses e já vai em 9. A pressão é intensa e sinto que não hà margem para erros ou equívocos. A Axxom respondeu com um extenso mail onde, no essencial, disse que nós estamos sempre a pedir modificações ou a alterar as especificações inicias. Não deixa de ser verdade mas nós só conseguimos apercebermo-nos das necessidades após o plano de produção gerado pelo ORion ter começado a fazer algum sentido... Ao menos, noutro projecto - Validação de Sistemas Informáticos - o trabalho parece ter finalmente a começar a evoluir de forma consistente na validação do nosso ERP, o BPCS. Estou a desenvolver sistema de auditoria para os ficheiros criticos para a produção de medicamentos; produtos, lotes, segurança de acesso a funções do sistema, BOMs (bill of materials, ou seja, estruturas dos produtos fabricados) e já se vê algo mais do que reuniões de "levantamento das necessidades"... Quanto ao projecto que parece preocupar mais o meu chefe, o interface do StarLog (gestão de aviamento) com o BPCS para uma outra das empresas do Grupo Azevedos, a DLA, parece que finalmente se começará a colocar em produção os diversos módulos desenvolvidos. E quanto às respostas de aviamentos para facturação, será que finalmente se encontrou uma solução viável? Já desenvolvi 3 e vou para a 4ª versão... O problema é não confiarem no StarLog e querem que o BPCS faça o que devia ser apenas o SL a fazer; controloar lotes... Mas, no que respeita ao conhaque, o dia ficou também marcado com a continuação da "guerra dos sacos; dois dos mais, por mim, apreciados geocachers envolveram-se numa discussão sobre a utilidade ou não do uso de sacos de plástico a envolver as caches... Ao princípio não liguei muito nem vi interesse no assunto para nele tomar parte. Mas, a certa altura, durante os últimos dias, apercebi-me que estava a quebrar-se o verniz e a entrarem em confronto chato e peganhento... Tentei então, juntamente com outros, amenizar o ambiente e apelar à calma... Parece que nada os demovia de se picarem um ao outro. Por causa de sacos de plástico... Mesmo arriscando-me a que "salpicasse" algo para mim, decidi expor-me e pedir-lhes bom senso. Agora, ao final do dia, parece que já começaram a acalmar. Chegado a casa, e como tem sido costume, voltei a ligar o portátil do emprego, ligá-lo AS400 de lá, o nosso sistema central, e ainda antes do jantar, começar a ensaiar diversos testes com a tal aplicação dos Bulks e dos PAs... Como eu desconfiava, não se tratava do código e dos algoritmos mas das condições de execução; Os resultados esperados começaram a aparecer depois de dividir a aplicaçãoa em duas. Talvez ainda um dia tenha tempo e paciência para descobrir exactamente o que provocava a desaparecimento de mais de 60% das ligações. No seio da família, já fui avisando o Filipe que para a semana, volta ao "regime militar" de não ver desenhos animados nem jogar durante a semana. Este método, desde que adoptado hà 2 anos, tem dado resultado e, juntamente com as explicações, levou a que desde então tenha sido um dos 4 ou 5 melhores alunos das turmas em que está inserido. Ele não se pode queixar; teve umas férias óptimas (segundo as próprias palavras) e teve tudo o que pediu para os anos. Nós estamos muito orgulhosos com ele mas agora é hora de voltar ao "trabalho". ...e no fim deste dia resolvi criar este blog... já meio ensonado.