sexta-feira, abril 15, 2011

De Penedono ao Douro







"Lenda das Duas Pedras do Castelo
No lado direito da fachada principal do castelo de Penedono distinguem-se, facilmente, duas pedrinhas brancas, relativamente próximas. Estas pedras são as tampas de duas caixinhas misteriosas, aí deixadas por uma moura, muito rica, que ali viveu e que escondeu assim a sua fortuna.

Para que ninguém lha roubasse colocou numa caixa todos os seus tesouros e na outra, uma perigosíssima mensagem que causará a morte imediata e outros grandes malefícios a quem ousar tocar-lhe!

Como ninguém sabe em qual das caixas se esconde o tesouro, ninguém até hoje, ousou removê-las com receio de se enganar e abrir a caixa da maldição"
"Uma Lenda é como um valiosíssimo tesouro que herdamos dos nosso antepassados...."
in Lendas de Penedono

Escrevi no livro de visitas da Estalagem um resumo desta lenda e terminei dizendo que ousei procurar o tesouro e encontrei-o; a Estalagem de Penedono!   Um dos melhores e mais acolhedores locais onde já estivemos alojados.
Umas curtas férias de celebração dos 25 anos de casados levou-nos a passar por Serra de Santo António (Minde), Castelo Novo e Marialva para fazer manutenção às caches, depois visitar uma cache em Longroiva (Meda) e finalmente rumar a Penedono onde estivemos dois dias.
Durante a estadia estava previsto um passeio de barco no Douro que correu muito bem e foi muito agradável. Tivemos sorte com o barqueiro (bombeiro e também membro da Park Douro Selvagem), autêntico cicerone daqueles que têm prazer em informar.
Era para ser um passeio de 1h e durou 2,5h! Até à lagoa da tartarugas nos levou para as ver.
Desligou o motor do barco e ali ficámos quais fotógrafos de Natureza a esperar que a fauna se movesse.
Na zona de Penedono/Douro, visitámos caches em Ferradosa-São Xisto, Custóias-Senhora do Viso, minas de ouro abandonadas (claro...) de Santo António e no regresso, na zona de Antas, as caches dedicadas ao um castanheiro mais velho que Portugal e a um menir e algumas sepulturas antropomórficas.
Foram umas curtas férias muito agradáveis e cheias de fotos que, sinceramente, me parece resultarem cada vez melhor. Penso que o uso cada vez mais frequente do tripé, retardo do disparo (para não transmitir trepidação da respiração/pulsação) e exploração das diversas funções da máquina estão a dar algum resultado.
 Aqui fica o link para algumas fotos de um total de mais de 450 que tirei neste passeio.



quinta-feira, março 31, 2011

XII Rota do Contrabando

...ou a "Rota do esguicho".


A já habitual caminhada de Março, por trilhos de contrabandistas na zona do Tejo Internacional, a mais concorrida daquelas em que participei, desta vez correu mal.

O tempo estava ameaçador de chuva, mas para isso íamos preparados. O que não se esperava, era a  excessiva demora na passagem do Rio - o lixo junto à barragem provocou menor velocidade das embarcações e avaria em duas delas - e a outra coisa que correu mal foi ...a agora famosa "feijoada de Montalvão". Que saborosa que ela era.... que marota que ela foi! Passámos a noite de Sábado e o Domingo todo agarrados às calças. :D

Tenho a noção de que tentei que corresse tudo bem com a participação de amigos geocachers (folhas de calculo online, telefonemas diversos para pensões, restaurantes e câmara municipal, etc...)  mas, perante o sucedido, não deixo de sentir uma sensação de frustração. À grande expectativa que ajudei a criar seguiu-se uma grande participação dos amigos geocachers e uma desilusão... Até a esperada representação dos alunos da escola de artes falhou, talvez devido à chuva.

Penso que houve pontos positivos; a caminhada da "Rota" apesar da chuva na parte final, o convívio no jantar em Nisa, as cachadas e o pic-nic de Domingo. Mas é indubitavelmente o efeito da feijoada que tem estado nos comentários sobre o fds...

Enfim, não sei se voltarei à "Rota"... pelo menos feijoada de javali e passagem do Rio perto da barragem são detalhes a evitar.

Aqui ficam algumas das minhas fotos do fds.

(link da "XII Rota")

terça-feira, fevereiro 08, 2011

"Quem mexeu no meu queijo?"

" Hem, Haw, Scurry e Sniff saem à procura do queijo.
Após longas caminhadas pelo labirinto eles encontram o Posto C de queijo. Nos dias seguintes, os ratinhos Sniff e Scurry passam a acordar cedinho e a correr pelo labirinto sempre no mesmo caminho até o posto C. Já os homenzinhos Hem e Haw acordavam sem muita pressa e caminhavam lentamente em direcção ao Posto C para apreciar o queijo. Depois de algum tempo, o queijo no Posto C acaba, Hem e Haw ficam muito decepcionados, Hem não aceita de maneira alguma aquilo. Já Sniff que previra aquilo, juntou-se a Scurry e juntos foram procurar um novo queijo.
Hem e Haw continuaram a visitar o Posto C durante mais uns dias com a esperança de ver o queijo de volta. Depois de alguns dias Haw decide enfrentar a situação e passa a querer procurar um novo queijo no labirinto, ao contrário de Hem, que continuava insistindo em ficar no Posto C.
Haw prepara-se para sair do Posto C e começa uma longa jornada pelo labirinto. Enquanto isso Sniff e Scurry encontram o Posto N, com muito queijo. Haw enfrenta seus medos e inseguranças dentro do labirinto e vai aprendendo com a sua longa jornada até que chega ao Posto N e encontra-se com os ratinhos Sniff e Scurry. "

Autor Spencer Johnson Género Motivação (psicologia) Editora Putnam Adult Ano 1998

"Esta fábula simples e criativa ensina-nos que tudo muda e que as fórmulas que nos foram úteis em dado momento podem tornar-se obsoletas. Os seus ensinamentos aplicam-se a todos os aspectos da vida: o «queijo» desta história representa qualquer coisa que se queira alcançar – a felicidade, o trabalho, o dinheiro, o amor – e o labirinto é o mundo real, com zonas desconhecidas e perigosas, becos sem saída e recantos obscuros… e também casas cheias de queijo! Através desta sensata parábola, "Quem Mexeu no Meu Queijo?" oferece-nos ensinamentos valiosos para compreender um mundo em constante mudança num ritmo cada vez mais acelerado."

Mais de um ano depois, voltei a ter vontade de escrever.
Neste ano o meu queijo foi mexido várias vezes na minha vida pessoal e está agora a ser mexido na vida profissional.

Li este livro em 2003, tal como o de sua continuação, "Fui eu que mexi no teu queijo" e depositei-os na minha cache "MAntune's Book Box" para que fosse útil a mais alguém.
Quando li estes livros, comecei logo a idealizar um projecto a médio prazo - aquele em que estou agora envolvido e que é o de me licenciar na área em que exerço a minha profissão, Informática de Gestão.
Estou a tentar ser como o Haw.


Infelizmente, a vida não nos dá tréguas e não espera que estejamos capazes de enfrentar os desafios calmamente, um de cada vez. Ainda estou a curar as feridas da mexida no meu queijo na vida pessoal e já tenho alguém a mexer no queijo da minha vida profissional.
Comecei a minha actual carreira profissional há muito tempo. Evoluí como Analista-programador em linguagens de programação pertencentes ao paradigma imperativo - o computador executa as instruções pela ordem que o programador define no algoritmo - e em sistemas ERP, em empresas do sector industrial. MRP II não tem muitos segredos para mim.


No curso em que estou no 2º ano, com 13 em 15 das disciplinas/cadeiras/unidades curriculares completadas, tenho aprendido linguagens de programação pertencentes ao paradigma orientado a objectos (C, C# e Java).
Agora, a empresa onde trabalho decidiu mudar de ERP. Estávamos com o BPCS, onde serei talvez um dos últimos Moicanos em Portugal e vamos para o SAP. Tenho que aprender também o ABAP Objects.
Os conhecimentos (AS400, RPG IV, AS/SET e BPCS) que me possibilitaram o actual emprego não servirão de muito daqui a 2, 3 anos. Quem sabe, menos...
Felizmente li o livro há alguns anos e a Administração da empresa sabe que não fiquei parado à espera que o queijo reapareça.


Permitirá a crise e a mudança na política do medicamento em Portugal o tempo que preciso para estar pronto quando desligarem o botão no AS400 e no BPCS?